3 de jul. de 2014

Servidores da EBDA mantêm greve há mais de 100 dias na Bahia

Redação Portal Clériston Silva PCS

Os funcionários da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) estão em greve há 102 dias. Eles aguardam a reunião com o governo da Bahia, marcada para a próxima semana, na expectativa de resolver o impasse nas negociações.

Na manhã desta quinta-feira (3), parte dos funcionários da EBDA estiveram na sede da empresa para discutir os rumos da paralisação. Eles querem o cumprimento de um acordo, feito em 2012, para pagamento de dissídios coletivos atrasados e pedem a reestruturação da empresa.

Segundo os mobilizadores, 1.500 dos 2.500 servidores participam da paralisação. A categoria quer o pagamento dos dissídios de 1997, 1999 e 2003, que estão na Justiça. O valor estimado em mais de R$ 300 milhões foi reduzido para R$ 120 milhões, mas a proposta do governo do estado é de pagar R$ 80 milhões. "Dos R$ 80 milhões, seriam parcelados em 80 meses, o que significa uma redução muito forte, que não seria corrigida", afirma o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Área Agrícola do Estado da Bahia (Sintagri), José Brito.

Os sindicalistas querem a reestruturação da empresa e melhores condições de trabalho. "Falta de veículos, falta de computadores, falta de equipamentos para o exercício da extensão rural e também da pesquisa agropecuária", acrescentou o sindicalista. Os representantes do sindicato fizeram protesto no lançamento do Plano Safra, na terça-feira (1°). O governador Jaques Wagner prometeu reunião.

Enquanto governo e sindicato não entram em acordo, o agricultor sofre as consequências. A EBDA é responsável pela assistência técnica na produção agrícola, pela liberação de crédito rural e seguro Safra. Por causa da greve, esses serviços estão prejudicados. A EBDA é uma empresa ligada ao governo do estado, que tem a missão de fortalecer a agricultura familiar, e desenvolver projetos que ajudem a manter as famílias no campo.

O diretor executivo da EBDA, Thiago Figueira, reconhece que o ritmo do atendimento ao produtor rural ficou mais lento, mas garante a continuidade dos serviços. A expectativa agora gira em torno da nova rodada de negociações. "Essa próxima semana será dedicada a encontro de valores e de prazos, de modo que seja possível para o governo do estado pagar, seja interessante para os funcionários receberem o que nós podemos fazer", afirma.

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