Redação Portal Cleriston Silva PCS
O assassino confesso da estudante de nutrição Daiane Reis Mota, de 25 anos, foi encaminhado para o presídio de segurança máxima de Serrinha, neste sábado , 22, informou a Polícia Civil.
A transferência de Adilson Prado Lima Júnior, de 25 anos, da carceragem da Polícia Civil, onde estava recolhido desde a localização do corpo da vítima, para o presídio foi autorizada pela Juíza Maria Claudia Salles Parente, substituta da comarca de Serrinha, e visa a “preservação da integridade do acusado”. Ele passou por exames no decorrer da semana no Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Inicialmente, Adilson seria encaminhado para o presídio regional de Feira de Santana, porém, segundo a Polícia Civil, a transferência foi abortada por conta de ameaças dos presos daquela unidade. O alerta da falta de segurança foi feito pelo diretor do presídio capitão Allan Silva Araújo e corroborado pelo Juiz Waldir Viana Ribeiro Junior, titular da Vara de Execuções Penais de Feira de Santana.
Adilson foi indiciado pelo crime de feminicídio. Daiane Reis Mota, de 25 anos, estava grávida e foi morta com um tiro na nuca. O corpo dela foi encontrado domingo (17), e o parto estava marcado para a segunda-feira (18).
O acusado disse em depoimento que a mulher não percebeu que ia ser morta. A informação foi revelada pelo delegado Hildebrando Silva, coordenador em exercício da 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior.
"Ele disse que ela não viu que ele ia matar ela. E mesmo que visse, se ela gritasse, é um lugar aberto, de mato, ninguém ia ouvir. Diante desses indícios, e outros, acredito que o crime tenha sido premeditado. Ele disse que ao ver a mulher no chão, chegou a apontar a arma para a cabeça dele e não teve coragem de atirar, mas ele teve coragem de matar uma mulher grávida que esperava a filha dele", disse.
Adilson Prado Lima Júnior, de 25 anos, disse que matou a jovem após encontrar mensagens no WhatsApp dela. Conforme disse Hildebrando, Adilson não apresentou à polícia as mensagens que disse ter visto no celular da mulher.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA), por meio da promotora de Justiça Núbia Rolim dos Santos, emitiu parecer ratificando a representação da prisão preventiva de Adílson, por homicídio qualificado contra a sua companheira grávida de oito meses.