Entre os transferidos está um
assaltante ligado ao PCC
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A unidade de Serrinha abriga condenados ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado e semiaberto.
Segundo informação da SEAP - Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização, policiais militares do Batalhão de Guardas e agentes penitenciários de plantão impediram, na madrugada deste domingo, que cinco homens fortemente armados invadissem a UED, uma das seis unidades prisionais do Complexo Penitenciário da Mata Escura.
A ação, ocorrida por volta das 4h, teve o objetivo de resgatar internos custodiados na unidade. Os cinco homens se passaram por policiais, sendo que dois deles estavam usando uniformes da PM. Eles renderam os sentinelas e tentaram invadir a área das celas, utilizando, além do armamento pesado, ferramentas para cortar a cerca e o alambrado de isolamento do local.
Entenda o caso - Policiais do GIRP - Grupo de Intervenção e Resgate Prisional -, informou que um grupo formado por seis homens armados com fuzis conseguiram render policiais militares que estavam na guarita da unidade de segurança no início da manhã.
Ainda segundo informações da polícia, dois dos integrantes do grupo estava fardado com um uniforme da Polícia Militar, se aproximaram dos soldados e os renderam. “Enquanto isso, detentos que estavam dentro da UED já tinham estourado cadeados e sair das celas”, informou um policial.
“Os presos instalaram um dispositivo explosivo no portão da unidade e detonaram. A ação foi rápida, mas eles não conseguiram derrubar o portão e ação terminou falhando. Os bandidos que estavam do lado de fora fugiram por um matagal que fica atrás da unidade e levaram as armas dos policiais”, conta.
Presos seriam resgatados do
presídio Salvador
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Prisco explica que a unidade, de segurança máxima, não tem muros. “Lá são cercas. Qualquer pessoa sabe que atrás da UED tem uma mata que vai parar lá na Avenida Gal Costa, foi exatamente este trajeto que os bandidos fizeram para chegar e para fugir”.
Durante buscas na região, a PM encontrou dois carros roubados abandonados na Avenida Gal Costa. Dentro de um deles estava a farda da Polícia Militar utilizada na ação criminosa. Os detentos do Complexo Penitenciário foram levados para uma delegacia onde prestam depoimento sobre o caso.
A polícia tenta esclarecer de quem partiu a ordem para libertar os homens envolvidos na tentativa de fuga. Um processo administrativo disciplinar também vai ser instalado para apurar como os internos tiveram acesso aos explosivos e como alguns conseguiram deixar suas celas.
A UED abriga os presos mais perigosos do Complexo Penitenciário Lemos de Brito, no bairro da Mata Escura. Nela estão integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) e CP (Comissão da Paz). “O provável alvo deles era um traficante e homicida conhecido como “Paulista”. Ele faz parte do PCC e deverá ser transferido para Serrinha”, revelou Prisco.
Na unidade também segue preso o traficante, líder da CP, Fagner Souza da Silva, o “Fal”, responsável pela conexão com a facção paulista PCC. Fal foi capturado no dia 2 de junho de 2011 na cidade de São Paulo, durante a “Operação Gênesis”. No momento da prisão ele tentou subornar os policiais oferecendo R$ 500 mil. ‘Fal’ atua de dentro do presidio em parceria com Cláudio Campana, que segue cumprindo pena em presidio de segurança máxima fora da Bahia.
Conforme informações obtidas pelo Portal Clériston Silva - PCS, o Conjunto Penal de Serrinha, localizado no povoado de “Cebola Podre”, tem capacidade para 476 presos e também é considerado de segurança máxima.
A unidade é administrada em co-gestão pelo Estado e pela iniciativa privada. Conforme apurou a reportagem, apesar de abrigar presos considerados de alta periculosidade, o efetivo policial e carcerário da unidade de Serrinha é menor do que a da UED em Mata Escura.