5 de mai. de 2015

Homem invade velório e atira contra caixão de jovem na Paraíba

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um homem armado invadiu um velório e atirou contra o caixão onde um jovem estava sendo velado na madrugada desta terça-feira (5), no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa (PB).

De acordo com a Polícia Militar, o jovem havia sido baleado no domingo (3), em Mangabeira, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital, na segunda-feira (4).

A invasão do velório aconteceu por volta das 4h desta terça. Segundo a PM, o pai, a mãe e a irmã do jovem velavam o corpo em um saguão de uma central de velórios quando um homem chegou ao local, pediu para que a família se afastasse e atirou duas vezes contra o caixão.

O pai do rapaz lamentou a cena e disse que o atirador apenas pediu que todos se afastassem. "Ele (o atirador) só fez pedir para fazer silêncio e sair de perto. O que aconteceu foi triste, triste mesmo", contou ele. Além disto, ele pediu que "Deus iluminasse, ajudasse e falasse com o autor dos disparos" contra o caixão do seu filho. Para evitar novos incidentes, policiais militares acompanharam o cortejo até o cemitério.

Ainda de acordo com a PM, os policiais realizaram buscas pela região, mas o atirador não foi encontrado até as 7h15. A família não soube explicar aos policiais quem seria a pessoa que atirou, mas a polícia acredita que existia alguma rixa entre o jovem e o atirador.

De acordo com o delegado Reinaldo Nóbrega, da delegacia de homicídios da capital paraibana, o homem que invadiu o velório de um jovem e atirou contra o caixão na madrugada desta terça-feira (5), em João Pessoa, pode responder por dois crimes, Segundo Reinaldo, a delegacia só apura homicídios consumados e tentados, mas devido à particularidade do caso, a superintendência regional da Polícia Civil designou a delegacia de homicídios para ser responsável pela investigação.

Reinaldo Nóbrega explica que o ato de atirar contra o caixão durante um velório se encaixa em dois crimes do Código Penal Brasileiro. “Há, em tese, dois crimes: o de perturbação de cerimônia funerária, que é o artigo 209, e o de vilipêndio a cadáver, que é o crime contra o sentimento aos mortos, de acordo com o artigo 212”, diz o delegado. Somando os dois crimes, a pena máxima pode chegar a até quatro anos.

O jovem que estava sendo velado já era investigado pela polícia pelo crime de homicídio há pelo menos cinco meses, mas foi baleado e morreu no hospital antes da polícia concluir a investigação. Segundo o delegado, ele era suspeito de pelo menos três assassinatos e, após o último deles, em dezembro de 2014, o jovem gravou um vídeo segurando uma arma e confessando que havia matando um homem. O vídeo foi divulgado nas redes sociais. “A polícia, de posse do vídeo, enviou o material para análise criminalística e após atestarmos a veracidade das imagens, começamos a investigar o jovem”, disse Reinaldo.

A polícia acredita que o jovem foi morto no domingo como represália de cúmplices do homem que ele matou em dezembro. “Em razão disso [da morte do jovem], pessoas ligadas à vítima tentaram matar os suspeitos do homicídio e por isso, conseguimos realizar duas prisões em flagrante: a do cúmplice do jovem que tentou matar os supostos assassinos e também a pessoa que é suspeita de matar o jovem”, completou o delegado.

As marcas dos tiros ficaram no caixão


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