13 de mai. de 2015

Gêmeos são entregues à Justiça após denúncia de venda por R$ 7 mil

Redação Portal Cleriston Silva PCS 

Duas crianças recém-nascidas, irmãos gêmeos, foram entregues à Justiça de Itapetinga, no centro sul da Bahia, após denúncia de adoção irregular. Segundo informações do Conselho Tutelar do município, os pais biológicos das crianças são suspeitos de terem vendido os filhos para uma família de Eunápolis, município do sul baiano.

De acordo com o conselheiro tutelar Elias Sampaio, a denúncia, feita sob anonimato, dava conta de que os pais biológicos desejavam repassar os gêmeos para a família por R$ 7 mil; além disso, eles foram denunciados por maus-tratos aos outros filhos. O Conselho apurou a denúncia no dia 30 de abril e não confirmou os maus tratos.

Ainda de acordo com Sampaio, a transferência para a família aconteceu no sábado (9), quando um avião de táxi aéreo pousou na pista do aeroporto de Itapetinga com destino a Eunápolis. Os irmãos teriam sido entregues pela avó materna. A Polícia Militar foi acionada e no mesmo dia localizou as gêmeas. Elas foram entregues à Vara da Infância de Itapetinga na última segunda-feira (11).

Segundo informações do Conselho Tutelar, os pais alegam que o plano de vender os filhos teria sido ideia da avó materna. "Os pais estão dizendo todo o tempo que quem bolou o plano foi a avó materna das crianças", disse Elias Sampaio.

Além dos recém-nascidos, que têm apenas dois meses, o casal tem outros nove filhos; desses, apenas duas meninas, também gêmeas, de dois anos, vivem com eles. Não há informações sobre as demais crianças. As duas crianças recém-nascidas ainda não possuíam certidão de nascimento, e foram registradas nesta quarta-feira (13), na Vara da Infância, pelos nomes de Hagata e Haquiles. Caso seja confirmada a ilegalidade da adoção, os envolvidos no caso responderão por tráficos de pessoas e abandono.

Os pais das crianças estão em casa à espera do andamento do processo. Já a avó, que segundo eles teria elaborado o plano, não foi encontrada pelo Conselho. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e está sendo acompanhado pelo Conselho Tutelar e a Vara da Infância.

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