20 de set. de 2013

Cubanos que chegam em Araci atuarão em Tapuio e Barreira

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Considerado o terceiro município com o menor Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) da Bahia, Araci entre as 45 cidades baianas que receberão médicos cubanos pelo programa federal Mais Médicos. O município foi contemplado com dois médicos cubanos, que trabalharão nos distritos de Tapuio e Barreiras, distantes 30 km e 45 km, respectivamente, da sede. Nestes locais, a estrutura física do PSF dispõe de equipamentos novos e materiais para curativos e primeiros socorros, além de medicamentos.

Com 55.655 habitantes, o município conta com 14 postos do Programa Saúde da Família (PSF),mas apenas 12 médicos, que atendem cerca 50 pacientes por dia.

Em Tapuio, é grande a expectativa em relação à chegada dos médicos por parte dos moradores. Um deles é Agostinho Jesus dos Santos, 28 anos, que está temporariamente paraplégico devido a um acidente de moto. “Não consigo ficar muito tempo sentado, por isto não vou ao posto fazer revisão ou renovar a receita. O médico tem que vir aqui me dar assistência, mas as vezes eles demoram muito. Espero que com o novo médico cumpra com a agenda de visitas domiciliares”, relatou. Há duas semanas, Agostinho começou a fazer fisioterapia, mas devido à distância da sede – cerca de 33 km –, o atendimento só é feito uma vez por semana. “Espero que o médico solicite, pelo menos, duas vezes por semana, pois ele não pode ficar sem exercícios e não temos como ir para Araci”, disse o irmão José Nunes.

Atualmente, a população do município conta com os seguintes profissionais: otorrino, pediatra, cirurgião, anestesista, ortopedista, ultrassonografista, fonoaudiólogo, ginecologista, psiquiatra, psicólogo, especialista em hanseníase, pneumologista e clínico geral. Além disso, há um hospital com plantões 24 horas. A dificuldade no atendimento, segundo o prefeito Silva Neto (PDT), é fazer com que os médicos cumpram com a carga de 40 horas semanais, o que causa superlotação no hospital municipal. “Muitos possuem outras atividades e não querem ficar na cidade cinco dias”, afirma.

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