São Domingos: coordenador diz que policial foi afastado das funções

O coordenador da 15ª Coorpin em Serrinha, delegado Fábio Santos Silva, que está à frente das investigações sobre a morte do ajudante de pedreiro Sidinei de Santana Rocha, informou que o policial Marcelo Silva Souza foi afastado temporariamente de suas funções até que seja concluído o procedimento administrativo.

“Este procedimento decidirá o que faremos se vamos instaurar a sindicância ou se iremos logo para o processo administrativo. Todo o nosso trabalho está tendo acompanhamento do Ministério Público (MP-BA) e da Corregedoria da Policia Civil”, destacou.

O policial Marcelo Silva Souza foi ouvido na sede da coordenadoria, mas o delegado não quis dar informações sobre o conteúdo do depoimento, alegando que isto poderia inflamar ainda mais os ânimos da população. Além do procedimento administrativo, um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso.

“Já fizemos a perícia na cela onde o rapaz passou mal, no veículo envolvido e a necropsia do corpo. Com isto, somado aos depoimentos, conseguiremos concluir o que realmente ocorreu”, informou Jorge Umbelino.

Apesar das denúncias de arbitrariedades cometidas pelo policial civil, o coordenador disse que não há nenhum registro em sua ficha e que ele nunca respondeu a procedimento administrativo.

“Algumas pessoas estão nos procurando para nos relatar estes atos e vamos investigar a veracidade. Quero deixar claro que estamos fazendo todo o trabalho com transparência e sem corporativismo. Quem tiver culpa posso garantir que será punido”, concluiu, acrescentando que tanto o inquérito como o procedimento administrativo tem prazo máximo de 30 dias para ser concluído.

Caso - Sidnei foi preso na terça-feira, 5, e encaminhado à delegacia do município depois de se envolver numa briga com um guarda municipal. O investigador Marcelo da Silva Souza, chamado ao local, efetuou a prisão do rapaz, que segundo ele, se mostrava exaltado e recusava-se a ficar custodiado na unidade policial. Durante a madrugada de quarta, o preso passou mal na carceragem e foi socorrido para o hospital, onde não havia médico e foi transferido para Feira de Santana, mas faleceu no caminho.

No entanto, os familiares confrontam a informação policial e afirmam que o rapaz foi preso por ter acertado acidentalmente uma pedrada no carro do guarda municipal. Após ser preso, segundo os familiares, ele foi barbaramente espancado até a morte. “Vamos colocar um advogado para acompanhar as investigações e iremos até o final para que a justiça seja feita”, afirmou Liliane Santana.