12 de nov. de 2016

MPF identifica 683 beneficiários irregulares do Bolsa Família em Serrinha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Mais de 680 pessoas foram identificadas como suspeitas de receberem irregularmente o benefício do Bolsa Família na cidade de Serrinha. O levantamento, divulgado na manhã desta sexta-feira (11), foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF) entre o período de 2013 e maio de 2016. Serrinha tem 12.333 beneficiários do programa.

Ainda de acordo com o projeto Raio-X do Bolsa Família, durante o período avaliado foram pagos pelo programa na cidade de Serrinha R$ 65.792.295,00 e, dentro desse valor, R$ 2.408.746,00 foram repassados a perfis de beneficiários suspeitos.

Nos outros 19 municípios do Território do Sisal foram identificados 6.810 perfis suspeitos, totalizando R$ 26.011.360,00 pagos irregularmente, segundo o MPF. Confira o resultado do levantamento de perfis suspeitos nas cidades do Sisal: Serrinha (683), Conceição do Coité (650), Araci (630), Cansanção (651), Tucano (638), Monte Santo (576), Valente (514), Quijingue (437), Queimadas (349), Santaluz (322), Itiúba (291), Retirolândia (285), Teofilândia (270), Biritinga (233), Barrocas (204), São Domingos (143), Candeal (118), Ichu (83), Nordestina (68) e Lamarão (57). Todas as prefeituras já foram notificadas, segundo o MPF.

O diagnóstico apontou grupos de beneficiários com indicativos de renda incompatíveis com o perfil de pobreza ou extrema pobreza exigido pelas normas do programa. Os perfis suspeitos foram classificados em cinco grupos: falecidos, servidores públicos com clã familiar de até quatro pessoas, empresários, doadores de campanha e servidores doadores de campanha.

Na terça-feira (8), o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) já tinha divulgado o cancelamento de 55 mil benefícios de pessoas com renda per capita da família ultrapassando R$ 170 na Bahia. Além dos cancelamentos, 77 mil famílias tiveram os benefícios bloqueados. Em Serrinha, o número de cancelamentos é de 412 e o de bloqueios é de 524.

Segundo o órgão, os benefícios foram bloqueados ou suspensos depois de um ‘pente fino’ feito no programa desde junho e que identificou inconsistências nos pagamentos.

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