22 de fev. de 2019

Campanha de Flávio Bolsonaro para o Senado teve a participação de irmãos milicianos

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O nome do senador e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) voltou à mídia em mais uma situação, no mínimo, delicada. Além de ter empregado em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) a mãe e a mulher do chefe do “Grupo de Milicianos”, o filho de Jair Bolsonaro (PSL) deu as suas contas de campanha para o Senado à irmã de outros dois criminosos.

Valdenice de Oliveira Meliga trabalhava no gabinete de Flávio na Alerj e assinou cheques de despesas de campanha em nome dele, conforme reportagem publicada pela revista "Isto É". O problema é que Valdenice é irmã de Alan e Alex Rodrigues de Oliveira, presos na operação Quarto Elemento, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e do Ministério Público do Rio de Janeiro, em agosto de 2018.

Flávio assinou uma procuração para Valdenice administrar os gastos de campanha, conforme documento enviado à Justiça Eleitoral. Antes de serem presos, os milicianos participaram de ações da campanha do senador.
A relação deles é antiga. No Instagram, o então deputado estadual aparece ao lado dos três irmãos, em um registro de outubro de 2017. Jair Bolsonaro também aparece na imagem, cuja legenda foi: "Parabéns Alan e Alex pelo aniversário. Essa família é nota mil!!!".

Após a prisão de Alan e Alex, Flávio chegou a mandar uma nota ao jornal "O Estado de S.Paulo", afirmando que "eles são irmãos da Valdenice, que é um dos pilares do nosso trabalho de política aqui no Rio. Mas os irmãos dela não trabalham comigo. De vez em quando aparecem (nas agendas), mas não têm vínculo nenhum comigo”.

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