11 de fev. de 2014

Jovem suspeito de forjar sequestro e pedir R$ 300 mil como resgate é solto

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Cristiano e Wellington já foram soltos
O jovem suspeito de forjar o próprio sequestro para conseguir dinheiro da mãe, uma das ganhadoras da Mega-Sena da Virada, vai responder o crime em liberdade. Cristiano Araújo dos Santos, de 22 anos, e seu comparsa, Wellington Santos Oliveira, de 20 anos, foram presos em Várzea Paulista (SP) e estavam detidos no Centro de Triagem de Jundiaí (SP), mas já foram soltos. Segundo o delegado seccional de Jundiaí (SP), Luiz Carlos Branco, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva dos dois.

De acordo com o delegado da 15ª Coorpin/Serrinha, Henrique Morais, outras duas pessoas também foram indiciadas por participar do crime. "A esposa do Wellington e a sogra de Cristiano também tinham conhecimento do sequestro. Todos vão responder em liberdade por tentativa de extorsão e formação de quadrilha", explica.

A mãe de Cristiano, que é faxineira do Hospital Municipal Waldemar Ferreira de Teofilândia, participou de um bolão da Mega-Sena da Virada com outros 21 funcionários e ganhou cerca de R$ 2 milhões. O filho, que mora em Várzea Paulista, forjou o sequestro e pediu um resgate no valor de R$ 300 mil. Segundo a polícia investigou, a mãe só daria dinheiro para Cristiano se ele voltasse a morar com ela. Como ele não tinha pretensão de sair de Várzea Paulista por estar envolvido com uma namorada, forjou o crime para conseguir dinheiro.

A namorada de Cristiano, que é menor de idade, também é suspeita de ter participação no crime, informou o delegado. De acordo com a polícia, ela foi a responsável por avisar a vítima sobre o suposto sequestro do filho. "Ainda não se sabe, ao certo, qual foi a participação de cada um, mas o que se sabe é que todos tiveram envolvimento, direta ou indiretamente, e agora irão responder por isso na Justiça", frisou o delegado que acrescentou que o caso já foi encaminhado ao Poder Judiciário.

Entenda o caso - De acordo com o delegado que cuidou do caso inicialmente, Getúlio Queiroz, a mãe de Cristiano procurou a delegacia de Teofilândia e comunicou o fato. "Ela disse que tinha recebido ligação telefônica da namorada do filho informando que ele havia sido sequestrado e que os sequestradores estavam exigindo um pagamento para a garantia e liberdade dele", explica.

O delegado diz que, depois da vítima receber a ligação da namorada do filho, no mesmo dia, no período da noite, Cristiano entrou em contato com a mãe comunicando que já estava solto graças à ajuda de um amigo. "Esse amigo teria penhorado uma casa, um carro e uma moto e efetuado o pagamento para os sequestradores no valor de R$ 250 mil e que o filho teria que restituir o valor, pois poderia ser morto pelo amigo ou por outras pessoas", diz Queiroz.

A polícia desconfiou do sequestro, já que, segundo o delegado, o caso não apresentava os elementos típicos desse tipo de crime. Cristiano e Wellington acabaram presos em Várzea Paulista e encaminhados para o Centro de Triagem de Jundiaí.

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