12 de fev. de 2014

Suspeito de lançar rojão que matou cinegrafista no RJ é preso em Feira de Santana

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Suspeito foi preso em pousada de Feira de Santana
O suspeito de acender e lançar o rojão que matou o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade durante manifestação na última quinta-feira (6), no Rio de Janeiro, foi preso nesta madrugada em Feira de Santana, que fica a 72 quilômetros de Serrinha. 

Caio Silva de Souza foi detido, pelo titular da Delegacia de São Cristóvão (Rio de Janeiro), Maurício Luciano de Almeida e Silva - que está investigando o caso - e outros três agentes. A namorada de caio também acompanhou a prisão. Segundo a TV Globo, foi ela quem convenceu ele a desistir da fuga, desembarcar em Feira e se entregar.

Em uma delegacia da capital baiana, Caio falou à imprensa e disse que não sabia que tinha acendido um rojão, mas outro artefato de menor potência. Ele lamentou a morte de "um trabalhador".

Caio estava na Pousada Gonçalves, que fica ao lado da rodoviária da cidade, e não resistiu à prisão. Um mandato de prisão, pelo crime de homicídio doloso qualificado por uso de explosivo, foi expedido na segunda-feira (10) pela Justiça do Rio de Janeiro. Ele estava tentando chegar na casa do avô no Ceará.

O suspeito já foi levado pela polícia no início da manhã para o Rio de Janeiro, com chegada prevista no aeroporto do Galeão às 9h (horário de Brasília). De lá, Caio será levado para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho. Fernando Veloso, chefe da Polícia Civil do Rio, disse que imagens de câmeras de segurança mostram Caio participando de outros atos criminosos durante a manifestação.

Pousada fica próxima à rodoviária em Feira de Santana 
A polícia chegou a Caio Souza depois dele ter sido apontado pelo tatuador Fábio Raposo como o responsável por acender e lançar o artefato que provocou a morte do cinegrafista da Band. Raposo confessou ter entregado o explosivo a Caio, está preso e também foi indiciado por homicídio doloso qualificado por uso de explosivo.

Suspeito usou nome falso em pousada - Segundo Ergleidson de Jesus Moreira, recepcionista da pousada, o suspeito se identificou como Vinícius Marcos de Castro e usou dinheiro para pagar a hospedagem. "Ele chegou sozinho ontem [terça-feira] à tarde. Ele pagou a diária de R$ 30 à vista, em dinheiro, e foi para o quarto, de onde quase não", relata o recepcionista.

Ergleidson afirma que nenhum hóspede chegou a desconfiar do suspeito, que só deixou o quarto uma vez para atender uma ligação. "Ninguém o reconheceu. Eu só o vi em um momento, quando um homem ligou para a pousada dizendo que era irmão dele, perguntando o nome com que ele se identificou. Essa pessoa disse que estava chegando a Salvador e vinha para cá e que era para reservar seis apartamentos. Aí eu passei a ligação para ele", diz.

O funcionário conta ainda que Caio estava tranquilo e que não chegou a levantar suspeitas. "Ele estava calmo o tempo todo. Por volta das 2h, a polícia chegou aqui e fui eu que atendi. Já vieram com toda informação e decretaram voz de prisão. Nenhum hóspede saiu dos seus apartamentos e a ação durou de 10 a 15 minutos. Depois eu fui pesquisar na internet e vi quem era", conta.

Segundo outro funcionário do estabelecimento, Marcos Paulo Costa dos Santos, responsável por registrar a entrada do suspeito na pousada, ele não apresentou documento de identidade. "A gente só exige quando é menor de idade. Quando é maior, se não tiver, a gente deixa", acrescenta.

Caio Silva de Souza estava escondido em uma pousada em Feira de Santana

Funcionário diz que ele pagou em dinheiro e saiu do quarto só uma vez

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