26 de fev. de 2014

Disputas sindicais geram tensão em Conceição do Jacuípe; funcionária é agredida

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Uma funcionária da fábrica da Mondial em Conceição do Jacuípe, no Recôncavo baiano, foi agredida ao tentar furar o bloqueio realizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia. Segundo informações do deputado estadual Ângelo Coronel (PSD), além da agressão de hoje, funcionários da empresa estão pulando o muro do prédio da fábrica para conseguir trabalhar e tem medo de sofrer agressões, devido ao clima hostil nos piquetes do sindicato.

“Cerca de 70% da fábrica está trabalhando. Os funcionários estão lutando pelo emprego e não estão interessados em briga de sindicato. Estão querendo transformá-los em massa de manobra, mas eles estão resistindo e indo trabalhar”, conta o deputado.

Segundo Coronel, a entidade é ligada a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e está disputando a adesão dos trabalhadores da Mondial com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Linhas de Montagem em Geral (Sindimontagem), relacionado à União Geral dos Trabalhadores (UGT), que representam a base. "São duas brigas: uma do Sindimetalúrgicos com o Sindimontagem e, consequentemente, da CUT com a UGT”, explicou o parlamentar. Ele ainda denuncia que os piquetes dos metalúrgicos tem impedido a saída dos caminhões da Mondial há cerca de duas semanas, o que faz com que a empresa não possa realizar suas entregas, feitas em todo o país.

Coronel citou que a grande pressão feita pelo mesmo sindicato em Feira de Santana sobre a Yazaki, indústria de material elétrico e eletrônico para veículos, fez com que a fábrica saísse do estado para o município de Socorro, em Sergipe. “Tenho informações de que eles já adquiriram terreno e estão construindo os galpões. Minha preocupação, como deputado da região, é que essa pressão faça com que outras empresas venham a migrar para outros estados do Nordeste, indo de encontro, inclusive, com o grande esforço de Wagner em atrair empresas para o Estado”, afirmou Coronel, que acredita que o governador deve interferir na questão.

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