De acordo com o delegado, que fez a investigação do caso, Jobson Marques, cinco pessoas foram indiciadas por dolo eventual (quando assume o risco de matar) e a conclusão foi enviada ao Ministério Público (MP-BA).
"Foi enviado ao MP para oferecimento de denúncia. As cinco pessoas que foram indiciadas foram um dos donos do trator, dois tratoristas, um supervisor e o motorista da carreta", disse o delegado em entrevista ao G1 na manhã desta sexta-feira (7).
Segundo o delegado, os indiciados irão responder pelo mesmo crime. "Os dois tratoristas irão responder porque um deles estava dentro da carreta na hora do acidente e ele sabia que o trator estava solto. O outro foi porque colocou o trator em cima da carreta", contou.
O supervisor estava na empresa no momento em que o trator foi carregado e o dono estava ciente da prática. "Foi demonstrado que é uma prática comum da empresa", relatou. E acrescentou: "o dono da empresa também foi indiciado porque ele sabia da prática reiterada de colocar o trator sem algum tipo de amarra para ser conduzido pela BR", finalizou Jobson Marques.
O motorista da carreta permanece preso na 2ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin). Ele vai responder por dolo eventual e pode pegar de 6 a 20 anos de prisão. Em depoimento, o motorista já havia afirmado que não tinha verificado se o trator estava realmente preso na carroceria da carreta.
De acordo com o laudo, além da ausência de amarras para prender o trator, não foi possível constatar a velocidade da carreta porque o medidor do veículo estava quebrado. “O laudo constatou aquilo que a gente tinha falado. Não tinham amarras nenhuma. O causador do acidente foi a carreta e, obviamente, o trator também. Ele estava completamente solto para ser transportado", disse o delegado.
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