18 de fev. de 2014

Quatro ex-prefeitos são presos em operação da Polícia Federal

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Delegado falou sobre a operação em entrevista coletiva
Quatro ex-prefeitos das cidades de Tremedal, Caraíbas, Bom Jesus da Serra, e Anagé, no sudoeste da Bahia, foram presos em operação realizada pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (18). Também foram presos um ex-secretário de administração, o presidente de um partido e empresários que participavam de fraudes através de contratos de prestação de serviços.

Batizada de "Grandfaloon", a operação é considerada a maior deflagrada pela Delegacia de Polícia Federal de Vitória da Conquista no combate à corrupção. Os policiais cumpriram, no total, 13 mandados de prisão temporária e 36 mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos documentos, computadores, oito carros (sendo três novos), cheques e R$ 15 mil.

A operação também ocorreu nas cidades de Belo Campo, Dário Meira, Encruzilhada, Paramirim, Poções, Planalto, e Ribeirão do Largo.

De acordo com o delegado Rodrigo Souza Kolbe, chefe da Polícia Federal de Vitória da Conquista, as 13 pessoas ficarão presas temporariamente e serão encaminhadas ao Presídio Nilton Gonçalves.

"A maioria dos mandados foram cumpridos aqui em Vitória da Conquista pelo motivo da sede deles ser aqui. Apesar das fraudes terem sido nestas cidades, os alvos da operação eram sediados em Vitória da Conquista por ser uma cidade maior, a cidade polo da região", explicou o delegado.

As investigações iniciadas em 2009 constataram que um grupo de empresários se associava a prefeitos da região sudoeste da Bahia para, através da simulação de licitações e contratação de empresas de fachada, desviar verbas públicas federais das áreas da saúde, educação e transporte. O prejuízo aos cofres públicos estimado pela Polícia Federal é de R$ 60.879.949. Os crimes sob apuração ocorreram entre os anos de 2008 a 2012.

"A operação não termina. O trabalho vai continuar acontecendo porque os elementos agora vão se juntar e, com isso, podem aparecer fatos novos que a gente ainda não tinha conhecimento", disse o delegado.

Os presos serão indiciados pelos crimes de fraude em licitações, desvio de verba pública, e formação de quadrilha. As penas, se somadas, chegariam a 46 anos de reclusão.

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