15 de abr. de 2014

'Ô, a PM parou', gritam policiais em assembléia

Redação Portal Clériston Silva PCS

O clima de deflagração de greve da Polícia Militar ganhou força, no fim da tarde desta terça-feira, após o espaço Wet'n Wild, na Avenida Paralela, ficar sem energia. A falta de luz ocorreu justamente na hora em que David Salomão, um dos líderes do movimento paredista de 2012, discursava no palco.

PMs ouvidos pelo site Bahia Notícias trataram a escuridão como "corte proposital" supostamente promovido pelo governo do Estado. O incidente desencadeou revolta entre os presentes e gritos de "Ô, a PM parou".

A assembleia-geral da categoria, marcada para ser iniciada às 15h, ainda não foi iniciada. Informações obtidas pelo BN dão conta de que o vereador Marco Prisco (PSDB), líder dos praças, ainda não chegou ao local. Ele ainda estaria reunido no Centro Administrativo da Bahia (CAB) com o secretário estadual de Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro.

Entenda alguns itens citados pelo presidente da Associação de Praças da Polícia Militar da Bahia (APPM-BA), Agnaldo Sousa, e qual o posicionamento do governo:

Plano de Carreira APPM-BA - Segundo a associação, tanto o soldado quanto o oficial têm que ter um tempo máximo nos postos de graduação. A categoria pede que seja definido um plano de carreira. "Um soldado leva hoje 25 anos sem ter uma promoção. Nós achamos isso vergonhoso. Queremos que seja definido um tempo para que ele seja promovido", diz Agnaldo.

Governo - A proposta do governo é que, após oito anos, o soldado passe a ser cabo e, depois de mais seis anos e meio, ele ascenda a 1º sargento. Hoje, um soldado passa 20 anos como soldado, sem ascenção. Depois, ele passa a ser sargento e se aposenta.

Isonomia Salarial APPM-BA - A categoria pede isonomia entre as polícias militares e civil. "Hoje, um tenente-coronel que tem 30 anos de serviço ganha menos que um delegado, que está no início de carreira. Queremos que isso seja equiparado", relata Agnaldo.

Governo - O Estado se compromete em criar um grupo de trabalho para rever todo o sistema de remuneração da Polícia Militar. Nesse quesito, entram gratificação, adicionais, entre outras remunerações agregadas.

Código de Ética APPM-BA - Segundo a associação, a PM não tem um código de ética. "Temos uma legislação da Polícia Militar, que está obsoleta, com coisas que estão lá há mais de 40 anos. Queremos a implantação desse código de ética", revela Agnaldo.

Governo - Um código de ética foi apresentado e as associações questionam alguns pontos. Assim, o governo está disposto a reavaliar as questões que não estão satisfazendo a categoria.

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