4 de jul. de 2012

Agricultores familiares de Serrinha preparam-se para produzir farinha com padrão sanitário

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Casa de Farinha Comunitária de Mombaça, no município de Serrinha, se prepara para produzir farinha dentro dos padrões da vigilância sanitária. A forma tradicional de fazer farinha teve de ser adaptada às novas exigências, por motivos higiênicos, conforme informou o presidente da Associação, José Roberto de Jesus Santos.

Com a orientação técnica da EBDA, a Associação de Mombaça conseguiu se habilitar ao modelo de Desenvolvimento Rural Sustentável (DRS) e ter o seu projeto de casa de farinha financiado pela Fundação Banco do Brasil (FBB). Outra medida orientada pela EBDA foi a elaboração da Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), para pessoa jurídica, que habilitou a associação a obter crédito do Programa Nacional da Agricultura Familiar, conforme destacou o engenheiro agrônomo da empresa, Carlos Alexandre Alves de Araújo.

Para o presidente da associação, ver o prédio pronto com os equipamentos instalados é um sonho que se realiza para a comunidade. “Foram dez anos de tramitação do projeto, até a sua aprovação em 2010. Fizemos cursos, visitamos fábricas em Santo Antônio de Jesus e fomos em Lagarto (SE), conhecer os equipamentos”, disse ele.

O investimento da FBB foi de R$168 mil, sendo R$68 mil destinados à compra de equipamentos como a descascadeira automática, a prensa e o forno.

Com esta estrutura a fábrica poderá atender a 50 agricultores familiares, que antes chegavam a perder a mandioca plantada por falta de capacidade de produção. “Isso preocupava muito a gente, e agora este problema está praticamente resolvido”, observou Santos.

Outro segmento que terá incremento com a fábrica, é o de produção de sequilhos, realizado pelo grupo de mulheres da associação. Com produção atual estimada em mil quilos por mês, a expectativa da associada Maria Cassiana Lima é de que, com a fábrica, seja possível aumentar a produção, para o fornecimento à merenda escolar do município de Serrinha. “Temos 102 receitas de sequilhos para produzir”, garantiu Cassiana Lima.

A sustentabilidade ambiental da fábrica é outro cuidado do presidente da associação de Mombaça. “A associação tem 70 tarefas destinadas à reserva estratégica, para produção de lenha para abastecer o forno”, informou o presidente. Segundo ele, o suprimento sustentável de lenha foi uma das exigências da Fundação Banco do Brasil. Sua intenção é conseguir mais recursos para a instalação de um viveiro para produção de mudas de espécies lenhosas, para alimentar o forno da fábrica.

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