Aumenta número de queixas na Delegacia da Mulher em Alagoinhas

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Mais de seis mil denúncias já foram feitas em Alagoinhas por mulheres vítimas de violência desde que a delegacia especializada para a mulher começou a funcionar na cidade há cinco anos. Segundo a polícia, são os companheiros e ex-companheiros os principais agressores.

Reinaldo veio à delegacia da mulher de Alagoinhas porque foi intimado. Ele é suspeito pela ex-mulher de tentativa de homicídio. Ele nega e diz que ficou surpreso com a intimação. “Para mim foi uma surpresa. Todo mundo sabe que eu sou uma pessoa legal, todo mundo me conhece lá e jamais eu vou fazer isso com ela, com a mãe da minha filha né”, disse Reinaldo.

Assim como Reinaldo, muitos “ex” e atuais companheiros têm sido denunciados. Eles são considerados, de acordo com uma pesquisa feita com as próprias delegacias, como os principais agressores. O número de queixas aumentou nos últimos três anos.

Em 2009 foram 963 denúncias. Em 2010, 1.136 denúncias. E no ano passado, 1.466. Este ano, até agora, 96 inquéritos já foram encaminhados ao Ministério Público. “A Lei Maria da Penha está sendo aplicada com efetividade, com indiciamento dos agressores. A remessa do Ministério Público com todas as informações necessárias para que o promotor de Justiça possa oferecer a denúncia e ser deflagrada a ação penal contra o agressor.

A delegacia da mulher foi inaugurada em Alagoinhas em junho de 2007. Logo nos primeiros seis meses foram registradas mais de 600 ocorrências. De lá pra cá foram cerca de seis mil denúncias de agressão à mulher. “Quando a vítima procura a unidade policial, a gente requer medida protetiva e aí já começa uma medida restritiva, que são as medidas protetivas de urgência que favorecem à vítima e obrigam o agressor”.