1 de mai. de 2015

Diretor da Aspra/Serrinha diz sofrer perseguição em batalhão de Euclides da Cunha

Redação Portal Cleriston Silva PCS 

O dirigente da Associação dos Praças e Bombeiros e seus familiares do Estado da Bahia (Aspra -Serrinha), soldado PM Rubem Ramos, diz ter se tornado alvo de perseguição desde janeiro deste ano, quando ocorreram mudanças no comando da corporação.

Em 2014 ele atuava com ações de fiscalização das condições de trabalho dos militares e alunos PMs da região e chegou a denunciar no Ministério Público maus tratos a um grupo de alunos militares em Euclides da Cunha. Este ano Soldado Ramos foi transferido para o 5° Batalhão Militar da Bahia (BPM/Euclides da Cunha), justamente na unidade alvo de denúncias impetradas por ele.

A denúncia chegou ao deputado soldado Prisco (PSDB), na manhã desta quinta-feira (30), por meio do coordenador-geral da Aspra, Fábio Brito, após comandantes da companhia serem gravados ameaçando prender o dirigente por insubordinação, prometendo continuar a perseguição e dizendo acreditar que denúncias do soldado Rubem Ramos em relação a tratamentos humilhantes sofridos por alunos militares na região “serão arquivadas”.

Segundo Ramos, até janeiro deste ano, os dirigentes das associações de defesa dos direitos dos militares eram liberados das ações nas ruas para se dedicarem aos atendimentos dos policiais, o que facilitava as resoluções de problemas entre oficiais e praças. “Sempre fiz de tudo para que minha atividade enquanto dirigente não se confundisse com meu trabalho de soldado. Saio de casa, ainda de madrugada, chego no serviço uma hora antes e largo o trabalho no meu horário. Cumpro minhas atividades enquanto soldado sem pestanejar, ainda assim, venho sendo alvo de perseguição”, explicou.

“Em 2014, denunciamos ao Ministério Público maus tratos e castigos físicos enfrentados por um grupo de alunos que questionavam condições degradantes no município de Euclides da Cunha, além de conseguirmos resolver diversos conflitos entre policiais e seus comandantes”, completou Ramos.

O dirigente conta que os oficiais da unidade chegam a obrigá-lo a bater continência três, quatro e até cinco vezes em intervalos de minutos. “Transformando a ação de respeito à farda em chacota. O representante da entidade está virando piada entre colegas. Isso sem falar nas escalas superiores aos dos colegas de serviço e ameaça de mudá-lo para unidades ainda mais longe”, reclamou o soldado Prisco, que disse esperar “que o atual comandante-geral, Anselmo Brandão, mantenha o mesmo diálogo com as entidades de classe que o antigo, o que, infelizmente, não vem acontecendo”.

Em nota, a Polícia Militar da Bahia disse que o soldado Rubem Carlos de Oliveira Ramos deve "registrar a denúncia oficialmente junto à Corregedoria Geral da PM, para que o fato seja devidamente apurado e adotadas as medidas necessárias". A PM esclareceu também que "o militar foi transferido em decorrência da necessidade do serviço" e uma vez que prestou concurso público para a corporação, o mesmo está apto para servir em qualquer uma das regiões do estado.

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