16 de jul. de 2013

Medicamento de R$ 15 mil impede barroquense de fazer tratamento contra o câncer

Redação Portal Clériston Silva PCS

Atendendo ao apelo de uma mãe, desesperada por ver o tormento de sua filha, que luta contra um câncer, o jornal Folha do Estado foi até o Hospital Dom Pedro de Alcântara para conversar com Joanita de Oliveira Lima e ouvir dela o drama vivido por sua filha, Clécia Oliveira de Lima, que necessita de uma medicação que custa R$ 15 mil, medicação esta que não é fornecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Quando descobriu que tinha desenvolvido um câncer de mama, Clécia estava na terceira semana de sua gestação. Por estar grávida e no início da gestação, principalmente, o médico orientou a jovem a iniciar o tratamento quimioterápico depois que a criança tivesse nascido. No entanto, Clécia não pôde iniciar a quimioterapia logo após o nascimento da criança, visto que ela ainda teria que amamentar o bebê por, pelo menos, seis meses. E foi exatamente o que aconteceu: Após mais seis meses de amamentação, Clécia iniciou a quimioterapia.

O problema é que em função da demora em iniciar o tratamento, provocada pelo tempo de gestação e pelo período de amamentação, o câncer progrediu e se espalhou, atingindo o fígado e a costela. Provocando fortes dores abdominais e inchaço, culminando em acúmulo de líquido na barriga, que tem que ser drenada constantemente.

Em função da piora do quadro de saúde de Clécia, o médico que a atende receitou o uso de Herceptin (Trastuzumabe), medicamento a ser usado em associação à quimioterapia e posteriormente administrado como tratamento de manutenção e progressão de doença ou toxicidade limitante. Este medicamento é indicado por proporcionar uma maior taxa de resposta e aumentar a sobrevida do paciente.

“Ela luta contra este câncer há mais de um ano e meio. Quando soube que estava com câncer eu estava em São Paulo, trabalhando. Assim que fiquei sabendo, larguei tudo e voltei para a Bahia para lutar ao lado da minha filha. Recentemente o quadro dela se complicou e o médico indicou a associação deste remédio à quimioterapia, só que a medicação não é disponibilizada pelo SUS no cenário de doença metastática e o custo deste remédio é muito alto e nós não temos condição de pagar por ele. Quando ele receitou, custava R$ 12 mil. Agora o preço já subiu pra R$ 15 mil. Um amigo já deu entrada em uma solicitação gratuita deste medicamento junto ao Ministério Público, mas isso já tem quatro meses e até agora ninguém se pronunciou”, desabafou Joanita de Oliveira Lima. (Fonte: Folha do Estado)

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