NOVA PÁGINA WEB

NOVA PÁGINA WEB
cleristonsilva.com

27 de ago. de 2014

MST invade fazenda no município de Conceição do Coité

Redação Portal Cleriston Silva PCS 

Cerca de 300 famílias integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) invadiram uma fazenda no município de Conceição do Coité, a 35 km de Serrinha. O proprietário da Fazenda Marruais, Giovani Ferreira, disse que esta é a segunda vez que a propriedade é invadida pelo MST neste ano.

O impasse entre o fazendeiro e o MST começou em janeiro de 2014, quando o movimento invadiu as terras. Ferreira afirmou que no período, o juiz Gerivaldo Neiva, convocou uma audiência pública e ficou acertado que os integrantes do movimento deixariam a propriedade no mês de fevereiro. As famílias saíram na data acordada e retornaram à propriedade no mês de junho.

Segundo Ferreira, a segunda invasão do movimento foi feita de forma violenta.

— Eles quebraram as portas das casas dos meus empregados. O vaqueiro da fazenda foi ameaçado na frente da filha, que é uma criança. Meus funcionários foram ameaçados e um até pediu demissão por sentir medo. Eles roubaram parte do meu gado e estão usando minha plantação de sisal em benefício próprio.

O advogado do fazendeiro, Luiz Walter Coelho Júnior, entrou com um agravo de instrumento ao TJ-BA (Tribunal de Justiça da Bahia) solicitando a liminar de reintegração de posse. Para o advogado, o juiz Gerivaldo Neiva se omitiu no caso, quando decidiu que a situação deveria ser resolvida por meio de negociação entre o fazendeiro, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e o MST.

— Essa não é uma decisão difícil. Temos provas de que a terra é produtiva. Então o juiz deveria ter expedido a liminar que garante a restituição da terra, assim que constatou a ocupação. O que ele está fazendo é omissão da autoridade pública.

Ainda segundo o advogado, o juiz entende que o problema é de ordem social, mas na verdade se trata de uma estratégia de ocupação territorial.

Para o juiz Gerivaldo Neiva, expedir uma liminar de desapropriação de terra não resolveria. Ele afirmou que o caso deve ser resolvido por meio de negociação por se tratar de um gravíssimo problema social.

De acordo com o superintendente do Incra/BA, Luiz Gugé, não há como afirmar que a fazenda é produtiva, pois como ela foi invadida deverá ficar por dois anos fora do processo de reforma agrária. O superintendente informou que já foram realizadas duas reuniões para identificar terras improdutivas na região que possam ser utilizadas para o assentamento das famílias. Para isso é necessário reconhecer o domínio da área e fazer uma vistoria. A previsão de Gugé é de que esse processo seja feito até o final de outubro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário