23 de ago. de 2014

Em entrevista, Lídice da Mata promete revolução na educação

Redação Portal Cleriston Silva PCS 

A candidata do PSB ao governo da Bahia, Lídice da Mata, disse que divergências dentro do PSB são normais e não irão interferir na disputa estadual. Ela foi entrevistada nesta sexta-feira (22) no BA TV, da Rede Bahia. Neste sábado, a entrevista será a candidata Renata Mallet, do PSTU.

Lídice falou sobre as dificuldades de fazer uma campanha com financiamento menor que o dos adversários e menos apoio político, além de uma alta taxa de rejeição indicada na última pesquisa Ibope. "Nós também temos pesquisas e essa rejeição é muito possível ser revertida", acredita. "Tenho certeza que o eleitor conhecendo as nossas propostas, ele mudará de opinião", defende.



Para ela, apoio de prefeituras do interior do estado não é decisivo. "O que importa é o voto do povo (...) Eu acabei de dar exemplo do governador Jaques Wagner, quando se elegeu tinha menos de 30 prefeitos com ele", afirmou.

Questionada sobre o abandono da campanha presidencial por parte de alguns integrantes da coordenação do PSB depois da indicação de Marina Silva, Lídice contemporizou. "O eleitor da Bahia me conhece, sabe o que eu penso. Marina é uma extraordinária esperança para o Brasil. Ela substitui o Eduardo em um momento tão doloroso para nós e acrescentou a essa sua história, a história de Eduardo". E completa: "Existem (divergências), claro, o PSB tem opiniões que a rede não tem. Mas caminhamos durante 10 meses na construção de um programa comum acertado entre a Rede e o PSB e é esse programa que Marina vai levar adiante".

A candidata disse ainda que pretende usar as redes sociais e a campanha "corpo a corpo" para conquistar votos fora da capital. Ela finalizou sinalizando que é um terceira via possível. "Fui prefeita de Salvador, sou senadora pela Bahia e estou vendo essa eleição com preocupação, porque tentam mostrar que é uma eleição de dois candidatos. Um que é a volta do passado, outro que é continuidade da mesmice. Eu peço que você mude o caminho com o seu voto, mude a Bahia". Veja a íntegra da conversa com Lídice da Mata.

Kátia Guzzo: A primeira pesquisa Ibope que divulgamos aqui no BATV mostra a senhora em segundo lugar na intenção de voto, mas também a coloca em segundo lugar no índice de rejeição, com 20%. Como crescer numa base de rejeição tão alta?

Lídice da Mata: Olha, nós também temos pesquisa e essa rejeiçao é muita possível de ser revertida, porque as pessoas que me conhecem, muitas delas não me conhecem muito; ouviram falar de mim. Cria-se uma resistência em função de eu ser um política muita definida em minhas posições e de ter encontrado grandes dificuldades na Prefeitura de Salvador.

Kátia Guzzo: Como a senhora pretende fazer isso?

Lídice da Mata: Vamos fazer isso demonstrando à opinião pública no nosso programa de governo, nas nossas mídias sociais, as nossas propostas. Eu tenho certeza que, o eleitor conhecendo as nossas propostas, ele superará qualquer dificuldade.

Jefferson Beltrão: A senhora tem experiência politica e administrativa e conhece o que é preciso para se ter êxito numa campanha eleitoral. Diante disso, tendo a sua coligação ao redor de 32 prefeituras das 417 existentes no estado, como chegar ao Palácio de Ondina? O apoio dos prefeitos não é tão decisivo assim?

Lídice da Mata: Não, eu não acho que seja um problema não. O atual governador quando se elegeu pela primeira vez tinha menos que isso de prefeituras o apoiando. Eu devo até ter menos do que essas prefeituras que você falou. O que importa é o voto do povo, é o apoio direto do povo. Os prefeitos geralmente se definem mais para o fim. Vai olhando um pouco para que lado vão as expectativas do voto para poder ele ir se dirigindo.

Jefferson Beltrão: Não é natural buscar o apoio das prefeituras?

Lídice da Mata: É natural, mas essa naturalidade está também muito vinculada aos governos. Os prefeitos apoiam geralmente os governadores, porque é uma tradição política. No estado de que, você tendo o apoio ao governador ou apoiando o candidato a governador, você possa obter mais apoio depois, administrativamente. Eu sou uma pessoa que combato essa opinião. Eu acho que prefeito tem o direito de votar em quem ele quiser e governador deve obrigação de realmente respeitar o voto do povo. Por isso é muito difícil que os candidatos que não estão no governo tenham muitas prefeituras a seu favor. Eu acabei de dar o exemplo do governador Jaques Wagner. Quando se elegeu, tinha menos de 30 prefeitos o apoiando.

Kátia Guzzo: Com pouco tempo na TV, como a senhora mesma diz, tem poucos recursos, como fazer campanha em todos os cantos do estado e conseguir a preferência do eleitor?

Líde da Mata: Utilizando dos poucos minutos de televisão, usando as redes sociais - quero aproveitar para pedir que você compartilhe da nossa fanpage, participe da nossa rede social-, e no corpo a corpo, indo visitar as cidades, falando dos problemas de cidades, apertando as mãos dos eleitores. Tem muita gente que acha que fazer campanha é só usar o tempo de televisão.

Kátia Guzzo: E os recursos candidata?

Lídice da Mata: Olhe, eu sou uma política que eu fui veradora, deputada estadual, deputada federal, senadora e nunca me impediu eu não ter dinheiro de conquistar todas essas posições. O dinheiro vai surgindo na medida em que você vai obtendo aprovação popular e é isto que importa. Volta a dizer: não há máquina que seja capaz de impedir uma vitória se o povo assim desejar.

Jefferson Beltrão: Integrantes da coordenação de campanha de Eduardo Campos, do PSB, o partido da senhora, deixaram a função poucas horas depois da indicação de Marina Silva a Presidente. A senhora acompanhou tudo lá em Brasília. Essas divergências do programa de governo não prejudicam de alguma forma a sua campanha?  

Kátia Guzzo: Não poderia confundir o eleitor o modo como senhora pensa e Marina pensa?

Lídice da Mata: Não. O eleitor da Bahia me conhece e sabe o que eu penso. Marina é uma extraordinária esperança para o Brasil. Ela substitui Eduardo num momento tão doloroso para nós, mas ao fazer isto, ela que já era uma política que já teve quase 20 milhões de votos no Brasil, ela acrescentou a essa sua história a história de Eduardo. A grande comoção do povo brasileiro em perceber em quatro horas, apenas, tomar conhecimento da vida Eduardo, das suas realizações e perceber que esse rapaz podia ser uma esperança para o Brasil, uma esperança para si mesma.

Jefferson Beltrão: Mas existem temas divergentes nessa campanha do PSB?

Lídice da Mata: Não, existem claro. O PSB tem opiniões que a Rede não tem, mas nós caminhamos durante 10 meses na construção de um programa comum. E é isso que Marina vai fazer: levar um programa de governo que foi acertado entre a Rede e o PSB com a participação de muita gente.

Jefferson Beltrão: Candidata, a senhora tem 30 segundo para as suas considerações finais.

Lídice da Mata: Eu fui prefeita de Salvador, sou senadora pela Bahia. Estou vendo essa eleição com preocupação, porque tentam passar a ideia de que só existem dois candidatos: um que é a volta do passado, outro que é a continuidade da mesmice. Eu peço a você que, com o seu voto, mude essa realidade. Vote num novo caminho da Bahia; vote num caminho qeu vai fazer a revolução na educação.

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