18 de mar. de 2011

Polícia prende cinco acusados de participar da chacina de Crisópolis, entre eles um policial

Os cinco acusados da chacina que vitimou, em fevereiro deste ano, sete lavradores, em Crisópolis, a 105 quilômetros de Serrinha, já estão presos. Equipes da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia (Coorpin) de Alagoinhas cumpriram, na quinta-feira (17), quatro mandados de prisão expedidos contra Bento José de Souza, o ‘Bentinho’, 38 anos, Gidenilson da Silva Santos, o ‘Nego Dene’, 38, José Agnaldo dos Santos Silva, o ‘Zé de Lia’, 33, e Marc Renes Oliveira de Souza, o ‘Marquinhos’, da mesma idade.

Quinto integrante da quadrilha, o sargento PM Raimundo Alves da Costa se apresentou, na manhã desta sexta-feira (18), na 6ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), em Rio Real, onde é lotado. Morador de Crisópolis, ele será interrogado na 2ª Coorpin.

Quatro criminosos foram apresentados, na manhã desta sexta, no auditório do prédio sede da Polícia Civil, na Praça da Piedade. O delegado-geral Hélio Jorge Paixão e o coordenador regional da 2ª Coorpin, delegado Ricardo Esteves Brito Costa, que comandou as investigações, detalharam a operação para a imprensa.

Com os quatro criminosos - três de Olindina e um de Crisópolis - presos em suas residências, a polícia encontrou duas pistolas 9 mm, uma pistola ponto 40 e um revólver 38 (essas duas últimas armas com numeração raspada), cinco carregadores, munição de vários calibres, três rádios comunicadores, dois celulares e um colete balístico. Foi apreendido também um veículo Pálio Fire, cor cinza, placa JMZ-6080, pertencente ao sargento PM Raimundo Souza e utilizado no dia do crime.

O alvo dos bandidos era a dupla Edson Fonseca e Edvânio Neves, ambos com passagens pela polícia por assaltos praticados na região. Eles estariam ameaçando matar ‘Bentinho’, ‘Nego Dene’, ‘Zé de Lia’, que trabalham como seguranças em Olindina, e o empresário ‘Marquinhos’. Para cometer o crime, o grupo se juntou ao sargento PM, o qual, além de providenciar a logística, ficou responsável pelo levantamento da rotina de Edson e Edvânio.

Acusado de praticar, na companhia de Edson, uma série de delitos na região, Edvânio é filho de uma das vítimas, o lavrador Abelardo de Jesus Xavier, 41 anos. O bando foi até a casa de Abelardo à procura de Edvânio e Edson. Ao perceberem que eles não estavam no imóvel, executaram os sete trabalhadores que bebiam e jogavam dominó na varanda da casa. José do Monte, 66 anos, Jorge Batista do Monte, 42, Sivaldo Neves Monte, 39, Evanildo Dantas dos Santos, 20, José Nilton de Souza, 32, Abelardo de Jesus Xavier, 41, e Ailton Moraes da Silva, 16, foram mortos. A polícia prendeu Edson e Edvânio uma semana depois do crime.

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Casa onde as sete pessoas foram mortas por homens que se passaram por policiaisBento José de Souza, Gidenilson da Silva Santos, José Agnaldo dos Santos Silva, e Marc Renes Oliveira de Souza

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