Para este ano, o reajuste proposto pela Embasa foi de 8,5% para as famílias que pagam a tarifa social, específica para as residências que recebem benefício do Bolsa Família e a tarifa intermediária, para famílias com renda entre zero e cinco salários mínimos que estão fora do programa. Na tarifa normal, o aumento na conta de água deverá ficar em 13,8%.
Para as famílias que gastam mais de 10 mil litros de água por mês, a cobrança passa a ser escalonada, de forma a evitar o desperdício. “Quem gastar mais, vai pagar mais”, avisa o presidente da Embasa, Abelardo Oliveira. Cerca de 60% dos consumidores estão enquadrados nas tarifas sociais e intermediárias e, por isso, terão um reajuste médio de 8,65%.
Na avaliação de Raimundo Filgueiras, comissário-geral da Coresab, a cobrança, além de fornecer os recursos necessários à ampliação do abastecimento, será educativa para o consumidor. “As pessoas procurarão reduzir o desperdício de água, já que isso significará mais gastos”, prevê o comissário. Mesmo com o valor do aumento praticamente selado, Raimundo Filgueiras explica que a Coresab vai avaliar a pertinência do reajuste e divulgar o valor oficial até a próxima sexta-feira, 25.
A Embasa atende hoje 11,5 milhões de pessoas em 356 municípios. O presidente da empresa, Abelardo Oliveira ressalta a importância do reajuste. “Temos que buscar recursos para investir em novas obras”, assinalou, ressaltando que as obras são realizadas com 50% de recursos próprios e 50% de terceiros. “Mesmo quando a obra é com recursos federais, eles exigem a contrapartida”, lembrou, destacando ainda que a Bahia, atualmente, tem a menor tarifa de fornecimento de água entre os estados brasileiros.
A meta de alcançar um reajuste de 33,3% nos próximos quatro anos foi definida após um estudo feito pela Fundação Instituto de Administração da Universidade Estadual de São Paulo.
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