Redação Portal Cleriston Silva PCS
O comerciante Fábio Gulhões, 37 anos, voltou a colocar uma faixa na frente ao estabelecimento dele, na cidade de Santo Antônio de Jesus, distante cerca de 177 km de Serrinha. Segundo o comerciante, a iniciativa foi tomada por conta da preocupação com os constantes assaltos ao estabelecimentos e para chamar atenção das autoridades locais para a segurança no município.
No local, Gulhões vende maquinário para salão de beleza e clínica de estética. A loja fica no centro da cidade. Na faixa colocada na frente do estabelecimento, o comerciante pede que os ladrões ofereçam os produtos roubados para ele mesmo comprar.
"Como a segurança pública continua uma miséria, senhores ladrões, solicito que após furtar-me de novo ofereça os produtos a mim mesmo! Comprar de novo no mercado legal custa caro, e sei que o sr. vende baratinho, prometo sigilo absoluto, pois não desejo ser preso por receptação de produto furtado. Favor não roubar a faixa!", diz o recado, que foi colocado no local no início do mês de agosto.
Ainda na faixa, o empresário anuncia uma vaga de trabalho para segurança que saiba atirar com escopeta. Em junho do ano passado, após quatro assaltos, o comerciante colocou uma faixa semelhante no local, com a seguinte mensagem: "Srs. ladrões e assaltantes: como esta rua encontra-se abandonada e a segurança pública é uma mizéria (sic), por favor queiram se organizar (para não virem todos ao mesmo tempo)... Atenção: procura-se funcionário com porte de arma que saiba atirar com escopeta". A faixa ficou em torno de 15 dias no local.
Fábio conta que resolveu colocar o comunicado novamente na porta do estabelecimento após o ultimo arrombamento, ocorrido no dia 31 de julho.
Segundo o comerciante, o crime ocorreu por volta das 16h e foram levados produtos que somam o prejuízo de R$ 12 mil. O empresário afirma que o homem suspeito do arrombamento chegou a ser preso pela polícia, mas foi solto após pagar fiança.
"Fiz uma ironia, porque comprar no mercado legal é caro. O pior ladrão para mim é o receptador, porque incentiva o ladrão a roubar", justifica o comerciante.
Ele diz que, com os constantes assaltos, é difícil até mesmo conseguir funcionários que aceitem trabalhar na loja. No ano passado, em uma das ocorrências, uma funcionária foi baleada de raspão na orelha e, apesar de ter se recuperado do ferimento, ficou assustada e não quis voltar a trabalhar no local.
"Está difícil achar até alguém para empregar e os bancos se recusam a fazer seguro, porque tem muito assalto aqui", lamenta Gulhões. O empresário afirma que, no intervalo de um ano e meio, o estabelecimento já foi alvo de cinco arrombamentos e três assaltos. (G1/Bahia)
16 de ago. de 2016
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