4 de mai. de 2016

Tropa de choque de Cunha tem dois deputados baianos na mira da PGR

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedidos para que seja investigada a ação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), que contou com a ajuda de 14 parlamentares para alterar medidas provisórias de interesse de empreiteiras ou para pressionar empresários por meio de requerimentos apresentados na Casa.

Do total de deputados, nove devem ser formalmente investigados ao lado de Cunha num mesmo inquérito, conforme pedido formulado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. São eles: Altineu Côrtes (PMDB-RJ), André Moura (PSC-SE), Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Manoel Júnior (PMDB-PB); e os ex-deputados Alexandre Santos (PMDB-RJ), Carlos Willian (PTC-MG), João Magalhães (PMDB-MG), Nelson Bornier (PSD-RJ) e Solange Almeida (PMDB-RJ). Eles elaboraram requerimentos interpretados pela PGR como uma forma de pressionar empresários.

Os outros cinco, o ex-senador Francisco Dornelles (PP), governador em exercício do Rio; os deputados federais baianos Lúcio Vieira Lima (PMDB), João Carlos Bacelar (PR) e Áureo Ribeiro (SD-RJ); e o ex-deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), são apenas citados pelo procurador-geral como tendo atuado em benefício de Cunha.

Segundo o jornal O Globo, um dos pedidos da PGR quer a investigação de Cunha, do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e do dono do BTG Pactual, André Esteves, por conta de emendas a MPs que teriam favorecido a empreiteira e o banco. Janot descreveu uma conversa entre Cunha e Pinheiro sobre uma MP de 2012: “Eduardo Cunha perguntou se havia ‘emenda de vocês’ e mencionou o nome de Dornelles, referindo-se a Francisco Dornelles, conhecido de longa data de Eduardo Cunha. Analisando as emendas apresentadas, verifica-se que Francisco Dornelles apresentou nada menos que 15 emendas à referida MP.”

Já o segundo pedido de inquérito se refere a uma suposta pressão em cima do grupo Schahin, com a lista de nove deputados e ex-deputados que devem ser investigados juntamente com o presidente da Câmara. Janot descreve ainda a atuação ainda de um décimo parlamentar a favor do presidente, Áureo Ribeiro, que apresentou requerimentos cujo autor real seria Cunha, conforme a suspeita da PGR.

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