19 de mai. de 2016

Guerra de "grampos" agita Senhor do Bonfim

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Uma guerra de "grampos", entre vereadores do município de Senhor do Bonfim, envolvendo uma conversa sobre suposta compra de votos para a eleição do presidente da Câmara local, está agitando a cidade nesse período pré-eleitoral.

O vereador Otavio Xisto (PMN), conhecido como Tavinho, após se desentender com os colegas Hélson de Carvalho (PMDB) e Reinaldo Santana, o Rê do Sindicato (PHS), havia ameaçado, semana passada, divulgar na Câmara uma gravação com uma suposta tentativa de suborno que teria sido "vitima". No fim de semana o áudio vazou no blog do Walterley Kuhin. É uma conversa ocorrida dias antes da eleição do presidente da Câmara de Senhor do Bonfim, em 2012.

Na gravação, um empresário identificado como Márcio Pereira supostamente oferece propina em dinheiro e mais três cargos para que Tavinho apóie o nome do colega Rê do Sindicato (adversário do prefeito Edvaldo Correia, o dr. Correia) para comandar o Legislativo de Senhor do Bonfim.
Rê do Sindicato acabou perdendo a disputa para Laércio Muniz (PTN) por um voto. Tavinho votou no vencedor.

No áudio, Pereira coloca à disposição de Tavinho três cargos como "brindes" - dois na Direc e um cujo salário é de R$ 3 mil mensais no gabinete do então deputado estadual Carlos Brasileiro (PT) - além de "50", aparentemente, R$ 50 mil. Ao tomar conhecimento da gravação, Rê do Sindicato revelou que também grampeou a conversa e ameaça divulgar "sua" versão.

Comissão de Inquérito - Diante da repercussão do caso e das cobranças da "sociedade bonfinense" o presidente da Câmara de Vereadores decidiu criar uma Comissão Especial de Inquérito para apurar tudo e marcou para a sessão dessa quinta-feira, a nomeação dos membros da CEI.

O promotor Rui Gomes Sanches Júnior, coordenador do Ministério Público local, disse estar acompanhando a briga, informando que provavelmente também ira abrir uma investigação. "Envolve suspeitas de propina, ilicitudes, portanto vamos ter que atuar", disse, explicando que a CEI vai ajudar o trabalho do Ministério Público.

"Nós temos que ter certa cautela pois é preciso saber a origem dessas gravações, se foram legais ou não, pois o sigilo das pessoas é garantido pela lei. Se forem gravações ilegais podem ser questionadas como provas", esclareceu.

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