24 de abr. de 2015

Coiteense se recupera após cirurgia para corrigir escoliose; veja antes e depois

Redação Portal Cleriston Silva PCS 

Dois meses e 10 dias após uma cirurgia de correção da escoliose - encurvamento anormal da coluna vertebral -, a adolescente Rebeca Larissa da Silva, de 12 anos, passa bem e se prepara para as sessões de fisioterapia, que devem começar em junho. A cirurgia durou cerca de 8h30 e foi realizada no dia 13 de março, no Hospital Santa Izabel, em Salvador.

Rebeca antes e depois da cirurgia de correção da escoliose que foi realizada em Salvador


Em entrevista nesta sexta-feira (24), Rebeca revelou que o maior desejo após a recuperação é ir à escola. "Antes eu não queria ir para o colégio porque as pessoas falavam da minha coluna e agora é o que mais quero fazer", conta a jovem. [Na foto acima veja o antes e o depois da cirurgia]

A mãe, Rita de Cássia Ferreira, informou que a previsão é que ela volte às aulas na próxima segunda-feira (27).

"Ela quer voltar logo para escola, mas está se recuperando. Para chegar no colégio ela tem que andar uns 20 minutos e eu fico preocupada com o esforço que ela pode fazer, de andar rápido, segurar peso e até dos próprios colegas machucarem ela com brincadeiras", relatou a mãe.

Rebeca Larissa é moradora da cidade de Conceição do Coité, localizada a cerca de 35 quilômetros de Serrinha. Ela esperou quase dois anos para a realização dessa cirurgia. A mãe da menina chegou a colocar a casa à venda para pagar o procedimento, que custa em torno de R$ 150 mil.

Contudo, o procedimento gratuito foi autorizado no dia 4 de fevereiro pela Secretaria Municipal de Saúde de Salvador. A cirurgia foi realizada no dia 13 de março, no Hospital Santa Isabel, localizado na capital baiana.

De acordo com a Secretaria de Saúde, apesar da oferta do procedimento não ser de atribuição do município, já que a jovem não reside na capital baiana, a autorização para a cirurgia foi viabilizada através de um contrato mantido junto à unidade hospitalar de alta complexidade.

Antes da cirurgia, Rebeca sentia dores e não conseguia dormir com dores na coluna


No mês de junho, três meses depois da cirurgia, Rebeca vai passar por novos exames e, a partir de então, o médico decidirá sobre as sessões de fisioterapia.

"Não sei por quanto tempo que ela vai passar fazendo fisioterapia, mas o médico me informou que vai ajudar na recuperação", relata Rita de Cássia. "Fico feliz em ver minha filha alegre novamente. Ela está bem e animada. Ela quer fazer as coisas que não podia com tanta facilidade, como brincar e ir para escola. Agora ela dorme bem, não sente dores", conclui.

Caso - A mãe de Rebeca, Rita de Cássia Ferreira, afirmou ter descoberto o problema da garota em junho de 2013, quando uma colega percebeu algo de errado na postura da menina.

Ela contou que a vizinha teria percebido que a coluna da menina estava torta. Depois disso, os pais levaram Rebeca ao médico, em Feira de Santana, e ele confirmou que ela estava com escoliose.

Rebeca passou a usar um colete para evitar que a curvatura da coluna aumentasse. Ainda de acordo com a mãe, por conta do problema na coluna, a adolescente sentia dores e, às vezes, não conseguia dormir. Na época, Rita de Cássia contou que a filha sentia falta de ar porque o colete apertava muito e que os médicos afirmaram que o problema dela era grave e só a cirurgia poderia resolver.

Doença - A escoliose pode ser resultado de fatores genéticos ou de má postura e é comum na fase da pré-adolescência, como explicou o ortopedista Fábio Costa. Em muitas pessoas a escoliose pode ser decorrente de uma alteração do crescimento dos membros inferiores - quando uma perna fica maior que a outra - ou pelo desenvolvimento da própria coluna. O especialista afirmou que, quanto mais cedo o problema for detectado, mais fácil impedir que o encurvamento aumente.

Ainda segundo Costa, a cirurgia pode variar de R$ 20 mil a R$ 150 mil, a depender da gravidade do caso, e só é recomendada em casos graves e após a maturidade esquelética. O ortopedista ainda disse que, antes disso, seria aconselhável esperar o desenvolvimento da criança e optar por outros métodos que não fosse a cirurgia.

Foto: site Calila Noticias

Nenhum comentário:

Postar um comentário