"Estou angustiada, mas feliz pelos meus colegas". É o que diz Valdirene Tomás, de 36 anos, técnica de enfermagem do Hospital Municipal Waldemar Ferreira de Araújo há 16 anos, que, por pouco, não participou do bolão que dividiu o prêmio milionário da Mega da Virada, sorteada na última terça-feira (31). O prêmio movimentou a pequena cidade de Teofilândia, a 21 quilômetros de Serrinha e que possui cerca de 23 mil habitantes.
De acordo com a Base de Dados do Sistema Único de Saúde (Datasus), o hospital tem 56 funcionários, entre médicos, enfermeiras, auxiliares técnicos e outros profissionais de saúde. "Quase metade dos funcionários participaram do bolão", continua a técnica. Segundo Valdirene, os participantes do bolão eram de diversos setores do hospital, entre motoristas, técnicos de enfermagem, funcionários da higienização, do setor de nutrição. "Estou feliz porque as pessoas que ganharam realmente merecem", relata Rebeca de Oliveira Coutinho, enfermeira da unidade, que também não participou do bolão.
As duas ficaram de fora da bolada por acaso do destino. Valdirene diz que um colega de seu setor a convidou para participar do jogo. "Eu estava trabalhando em outra unidade, nem estava no plantão. Quando meu colega me avisou, pedi para ele falar comigo depois, mas acabei esquecendo", lembra. Já Rebeca estava fora da cidade quando os amigos fizeram o jogo vencedor. "Fiquei sentida, mas Deus sabe o que faz", disse a enfermeira.
Rebeca trabalhou na primeira semana de dezembro e viajou logo depois em férias e, por isso, nem ficou sabendo do bolão realizado entre os colegas do hospital. "Os ganhadores trabalharam no plantão de ontem, hoje só tem pobre trabalhando aqui", completou com bom humor. As duas dizem que o clima da cidade é de euforia. "Tem muita gente ligando para cá, repórteres de televisão vieram aqui no hospital, foram na lotérica. A cidade está muito agitada", afirmou Valdirene.
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