27 de mar. de 2018

Com ajuda de amante, mulher natural de Várzea Nova mata ex-marido no DF

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Presa na sexta-feira (23), a autônoma Elizângela Almeida de Miranda Souza, de 41 anos, natural da cidade de Várzea Nova (BA), na região de Jacobina, é apontada pela polícia como a responsável pelo assassinato do marido, Valdeci Carlos de Sousa, de 63 anos. De acordo com a investigação, a mulher contou com a ajuda do amante José Willamy de Mélo Raiol, 26 anos, para torturar e roubar a vítima, morta com um tiro na cabeça. O amante de Elizângela está foragido. Imagens de câmeras de segurança da região flagraram o momento em que o servidor aposentando do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) chegou à casa dela. José Willamy de Mélo, apontado como o autor do disparo, ainda está foragido. Elizângela alega que foi coagida por ele durante a ação criminosa.

Segundo a polícia, o crime ocorreu entre as 22h de domingo (18) e a 1h de segunda-feira (19). Elizângela Almeida e Valdeci Carlos continuavam casados no papel, mas estavam separados há cerca de 6 meses. No dia do crime, ela o atraiu para a residência onde vivia com a filha do casal, em Taguatinga Norte (DF). O delegado responsável pelo caso, Joás Rosa de Sousa, afirmou que a desculpa usada por ela para que o servidor fosse até lá seria a de que queria reatar o relacionamento.

Para a polícia, este fator indica que o crime foi premeditado. "A vítima foi até o local com a melhor das intenções, onde a mulher e o amante o aguardavam. Na casa, eles o imobilizaram e colocaram Valdeci na caminhonete (uma Nissan Frontier). Como o veículo tinha marcas de sangue, acreditamos que ele tenha sido torturado, para que ele desse informações aos acusados", afirmou o delegado. Os dois devem responder à Justiça por latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

Nas imagens das câmeras de segurança é possível ver o momento em que Valdeci Carlos chega à residência. Depois que ele entra, a mulher é vista entrando no carro dele e estacionando na garagem. "Toda a ação foi para não haver testemunhas", explicou Joás Rosa.

Valdeci de Sousa foi assassinado pelo amante da ex-mulher


Após cometer o crime, o amante de Elizângela Almeida, José Willam, teria levado objetos pessoais, dinheiro, celular e uma arma de fogo de Valdeci — que teria sido a usada no crime. O delegado Joás Rosa disse que, em depoimento, a mulher e a filha do casal afirmaram que a arma era da vítima, mas não souberam informar se ele tinha porte ou se o artefato era ilegal.

Segundo o delegado, o homem não foi morto dentro da caminhonete. Ele foi levado até a rodovia DF-001, entre o Núcleo Bandeirante e Santa Maria, onde levou um tiro na cabeça. O corpo de Valdeci foi encontrado no local, com marcas de tortura pelo corpo. O resultado da perícia ainda não foi divulgado.

Depois de cometer o latrocínio, Elizângela chegou a ir até a 17ª Delegacia de Polícia, onde comunicou o desaparecimento de Valdeci, na segunda-feira (19), para dissimular sua participação no crime. O delegado afirma que a Polícia Militar encontrou o veículo da vítima e informou à mulher a localização. Foi Elizângela Almeida quem pegou o carro com a PM e o encaminhou para a perícia, numa tentativa de tirar dela qualquer suspeita sobre a participação no assassinato do servidor, de acordo com a investigação da polícia.

A atitude dela e os depoimentos, no entanto, fizeram com que os agentes suspeitassem das primeiras versões prestadas por Elizângela. "Ela até chegou a dizer que foi coagida pelo amante, mas as imagens das câmeras de segurança mostram que ela estava muito calma na hora da ação. Então, não restou dúvidas da intenção dela e do amante", finalizou o delegado. O casal pode pegar até 30 anos de prisão.

A defesa de Elizângela contesta a versão da polícia e diz que as investigações iniciais têm "falhas grotescas", como a afirmação de que a mulher torturou a vítima com o intuito de obter senhas bancárias. De acordo com os defensores, "a esposa possuía amplo acesso às contas bancárias do então marido". "Não há que se falar em con%uFB01ssão, tendo em vista que, em nenhum momento, em seu depoimento, a indiciada confessou o crime, pelo contrário, relatou ser tão vítima quanto seu ex-marido", acrescentou a defesa da acusada.

José Willamy de Melo Raiol, está foragido. Polícia Civil do DF diz que ele ajudou amante a matar ex-marido

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