21 de mar. de 2018

Suspeitos de matar homem em Água Fria também são acusados de matar mulher de ex-traficante em Salvador

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Mulher foi morta em casa, ao tentar escapar de atentado
Os três homens presos, no sábado (17), por policiais militares do município de Birintinga, minutos após assassinarem um rapaz identificado como Felipe de Jesus Nunes, que tinha o apelido de “Boca de Lata”, na cidade de Água Fria, a 52 km de Serrinha, também são acusados de matar a auxiliar de classe Joy Soares da Silva, de 38 anos, no bairro da Boca do Rio, em Salvador, no último dia 8.

Gerson dos Santos Nascimento Junior, vulgo “Aquático”, de 20 anos, Márcio Cardoso do Nascimento, de 30, e Jackson Visitação de Jesus, 20, estavam fugindo em um carro Fiat Siena, de cor prata, placa OZF-4372, licença de Lauro de Freitas [ver matéria], após o homicídio, quando foram interceptados por militares da 3ª Companhia do 16º Batalhão (BPM/Serrinha).

“Após o crime em Água Fria, a polícia fez buscas no sistema e observou que Aquático tinha um mandado de prisão em aberto, por conta do crime cometido contra a auxiliar de classe Joy Soares da Silva”, afirmou a delegada Marta Carine, que investiga o caso.

A auxiliar de classe Joy foi morta na madrugada de quinta-feira (8), na região da comunidade conhecida como Curralinho, na Boca do Rio. De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu por volta das 4h.

No local, testemunhas informaram à polícia que Joy estava em casa na Rua Obi, transversal da Estrada do Curralinho, com o marido e a filha de 13 anos quando homens chegaram no imóvel, chamando pelo companheiro dela. O marido de Joy, identificado pelo prenome de Robson, seria ex-traficante. Quando deixou o crime, o traficante para quem trabalhava teria ordenado sua morte.

Suspeitos foram presos após assassinato em Água Fria
A família decidiu não atender a chamada na porta. Os bandidos invadiram a casa e seguiram atrás das vítimas. Joy, o marido e a filha de 13 anos tentaram sair pelos fundos da casa – pulando o muro do sobrado onde moram, que fica vizinho a um terreiro de candomblé.

O marido e a filha pularam primeiro e conseguiram fugir. No entanto, Joy foi atingida duas vezes e morreu no terreno do templo religioso. Ela foi morta quando se equilibrava para pular o muro. O esposo e a filha da vítima conseguiram escapar sem ferimentos.

Segundo a polícia, Aquático teria cometido mais quatro homicídios, incluindo o irmão de Joy, Jackson, conhecido como Pikachu, em outubro do ano passado – neste caso, supostamente, ao lado do marido dela, Robson, conhecido como Boca de Pagode. Ainda de acordo com as investigações, Aquático e Robson foram aliados até a morte de Jackson. Depois do crime, eles "romperam".

A delegada Milena Calmon, também responsável pelo caso, confirmou que o ex-marido de Joy, Robson, seria um dos líderes do tráfico no Curralinho e que é suspeito de matar o cunhado, junto com o ex-comparsa Aquático. De acordo com a investigação, após a morte de Pikachu, Robson teria brigado com Aquático. De acordo com a delegada Simone Moutinho, Robson expulsou Aquático, que na época era seu aliado, do bairro.

“Ele mandou Aquático ir para Portão, em Lauro de Freitas. Provavelmente, essa determinação foi o estopim da briga. Quando Gerson chegou em Portão, ele ficou auxiliando na invasão da Boca do Rio, área comandada pelo ex-marido de Joy”, contou a delegada. Aquático, Márcio Cardoso e Jackson Visitação já foram encaminhados para o sistema prisional.

Diante dos fatos, a polícia acredita que o crime contra Felipe, morto com vários tiros na cabeça e no tórax, por volta das 23h de sábado (17), no Centro de Água Fria, pode ter sido motivado por 'acerto de contas' por causa de drogas. No entanto, o caso segue sob investigação da 2ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Alagoinhas.

Aquático, Márcio e Jackson foram apresentados à imprensa nesta terça-feira (20)

Suspeitos foram flagrados com armas, munições, toca e celulares após assassinarem um homem na cidade de Água Fria

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