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16 de dez. de 2017

Até prefeito ficou mais pobre na cidade baiana com pior PIB per capita do Brasil

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Viver em Novo Triunfo, a cidade com menor Produto Interno Bruto (PIB) per capita do Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não é fácil. Por lá, nem o prefeito João Batista de Santana, o Batistinha (PP), progride na vida.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando foi eleito em 2012, declarou patrimônio de R$ 387 mil: ele tinha moto, picape D20, 100 cabeças de gado e 50 de ovelhas, casa e terreno.

Mas no final do primeiro mandato, em 2016, quando concorreu de novo e ganhou, Batistinha registrou como bens apenas uma casa de R$ 200 mil, o que também não deixa de representar riqueza numa cidade onde o PIB por habitante é de R$ 3.369,79 (5.570ª posição entre as 5.570 cidades do país).

Batistinha também enfrenta problemas com o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM): em 2015, as contas do gestor foram rejeitadas devido a irregularidades diversas e ele condenado a devolver R$ 279.240,95.

O TCM diz que ele gastou R$ 20.600,82 sem fazer o processo de pagamento e o restante foram de verbas federais da saúde e educação gastas sem documentação que desse suporte à retirada da verba de contas para gastos específicos.

Também em 2015 a cidade foi avaliada como de baixo desenvolvimento pelo Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), índice criado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro e que avalia geração de emprego e renda, educação e saúde.

De acordo com a pesquisa do IBGE, divulgada nesta quinta-feira (14), na cidade de 16 mil habitantes, emancipada em 1989, os setores de administração, defesa, educação e saúde públicas e seguridade social participam com 65,7% do valor adicionado bruto total.

Ela é dona de uma casa de materiais de construção que tem apenas dois funcionários.

Em 2015, o salário médio mensal de Novo Triunfo era de apenas 1,4 salários mínimos, e a proporção de pessoas ocupadas em relação à população daquele ano, de pouco mais de 15 mil moradores, era de 4.2%.

Na educação, o município não tem conseguido bater as metas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Em 2015, a meta era 3,4 e ficou com 2,9. Dois anos depois, ficou com 3,4, mas a meta era de 3,7.

Indo para o 9º ano em 2018, o estudante Micael Jesus Souza, 16, não sabe que futuro seguir na cidade onde vive desde os dois anos – ele nasceu em São Paulo e depois a família voltou para a Bahia.

“Eu acho que vou trabalhar na farmácia de minha mãe, mas não tenho certeza. Mas talvez eu tente a sorte em outra cidade”, disse ele, opinando em seguida que “Nova Triunfo só presta para quem tem emprego na Prefeitura”.

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