6 de dez. de 2016

Senado desafia STF e mantém Renan na chefia da Casa

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Em reunião com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), a Mesa Diretora do Senado decidiu que aguardará a deliberação do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir o afastamento do peemedebista da presidência da Casa. A decisão foi tomada nesta terça-feira (6) e vai de encontro à liminar do ministro do STF Marco Aurélio Mello, que afastou o político do cargo.

Segundo informações do portal G1, o não cumprimento da liminar é parte de uma estratégia do peemedebista para se manter no posto até o STF julgar seu recurso contra a decisão de Marco Aurélio, que deverá acontecer na quarta-feira (7).

A Mesa Diretora decidiu ainda conceder prazo para que Renan apresente defesa, de modo a viabilizar a deliberação da Mesa sobre as providências necessárias ao cumprimento da decisão em referência. O Senado já entrou com recurso contra a decisão de Marco Aurélio Mello e uma ação para pedir a suspensão da liminar.

Ainda de acordo com o portal, senadores que participaram do encontro afirmaram que aconselharam o peemedebista a cancelar a sessão de votações desta terça-feira e aguardar a decisão do Supremo sobre o recurso para voltar as votações.

Mesa Diretora - Presidida pelo próprio Renan, a Mesa Diretora do Senado tem a função de tomar as principais decisões relacionadas ao funcionamento da Casa. Ao todo, 10 senadores compõem a Mesa. Na carta que onde foi comunicada a decisão de contrariar a liminar do STF, no entanto, aparecem apenas oito assinaturas.

São elas: Renan Calheiros, Presidente do Senado; Jorge Viana (PT-AC), 1º vice-presidente; Romero Jucá (PMDB-RR), 2º-vice-presidente; Vicentinho Alves (PR-TO), 1º secretário; Zezé Perrella (PTB-MG), 2º secretário; Gladson Cameli (PP-AC), 3º secretário; Sérgio Petecão (PSD-AC), 1º suplente; João Alberto Souza (PMDB-MA), 2º suplente.

A senadora Ângela Portela (PT-RR), 4ª secretária, e Elmano Férrer (PTB-PI), 3º suplente, não assinaram a carta. Renan declarou que aguardará a decisão do Supremo sobre seu afastamento do cargo e declarou: "nenhuma democracia merece isso".

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