18 de dez. de 2016

Natural de Ipirá, médico Douglas Nascimento será primeiro diplomata da cidade

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Primeiro ipiraense a receber o título de diplomata, o médico Douglas Nascimento, 34, será empossado na próxima terça-feira (20), em cerimônia no Itamaraty, em Brasília. Nascimento foi o 16º entre 30 selecionados como novos diplomatas. Esse ano, ele é o único representante da Bahia. "Sempre foi o meu objetivo entrar nessa carreira e aí decidi começar a estudar em agosto de 2013, pensando em passar em cinco anos, mas, felizmente, em três anos deu pra passar, mesmo estudando por conta própria. Só nesse último ano, diminuí a carga de trabalho, até que atingi o nível para ingressar na carreira.

Antes, Nascimento ocupava o cargo de diretor do Centro Estadual de Oncologia da Bahia (Cican). Para ocupar a vaga, ele precisou mostrar altos conhecimentos sobre temas como política e economia em três fases e ainda ter proficiência em inglês, francês e espanhol, além do português. "O concurso é muito concorrido, é o mais difícil do país, então, acho que nenhum candidato fica sabendo que vai passar até o dia que sai a nota. Eu sabia que eu estava muito bem preparado, mas só passei a comemorar depois que saiu no Diário Oficial. A diferença chega a ser menos de um ponto entre um candidato aprovado e um reprovado", explica o novo diplomata.

Seu exercício no cargo começa no dia 9 de janeiro e pelos próximos dois anos, Nascimento vai fixar residência em Brasília, na Academia de Diplomados, no Instituto Rio Branco Itamaraty. Nos anos seguintes, ele será enviado para países estrangeiros, onde deve representar os interesses do Brasil no consulado. Nascimento admite que o que sempre o atraiu no trabalho foi a possibilidade de intercâmbio entre diferentes culturas, mas reconhece a importância de ocupar esse lugar enquanto negro e natural do sertão baiano.

"Na diplomacia, o ideal é que ela represente a cultura brasileira e é uma carreira que ainda predominam os homens brancos, então o aumento de negros e mulheres na carreira torna mais representativa a cara do Itamaraty lá fora pra que os outros países conheçam a cara do Brasil. Ajuda a tornar o Itamaraty mais representativo da sociedade brasileira", ressalta o médico, acrescentando ainda que isso fez com que a cidade conhecesse a profissão, pouco falada antes de sua aprovação no concurso.

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