10 de nov. de 2015

Detran anuncia regulamentação de ferros-velhos da Bahia

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Em 2014, na Bahia, 3.269 pessoas morreram em acidentes de trânsitos, segundo dados da seguradora Líder DPVAT.

De acordo com o presidente do Detran-Ba, Marício Bacelar, 75% das indenizações correspondem a acidentes com motocicletas, apesar das motos corresponderem somente a 31% da frota de veículos do estado.

Ainda segundo Bacelar, metade das despesas de 2014 do SUS na Bahia foram destinadas a acidentes de trânsito.

Com o objetivo de diminuir esse número, o Detran vai regulamentar o uso de peças de veículos avariados e restaurados a partir do cumprimento da Lei de Desmanches, sancionada pela presidente Dilma. A ação foi informada nesta terça-feira(10), durante o seminário “Lei do Desmonte, Acidentologia e Vitimação no Trânsito”.

“Após o seminário, vamos baixar a portaria para fixar um prazo. A fiscalização será implementada a partir do primeiro semestre do próximo ano”, afirmou o presente do detran-BA, Maurício Bacelar.

Com a regulamentação, todos os carros, antes de serem vendidos para ferros-velhos, terão de passar pela fiscalização do Detran, que emitirá etiquetas com códigos de barra para identificar os materiais que ainda poderão ser reutilizados.

“As peças de segurança, como discos de freios, amortecedores, freios ABS, suspensão, não poderão ser comercializadas”, explicou o consultor técnico da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Adhemar Fujii.

Donos de ferros velhos de salvador que estiveram presentes no seminário se mostraram preocupados com a medida. “As vendas podem diminuir e isso pode acabar com o mercado de sucatas”, disse Felisberto Santos, 49, dono de um desmanche na Avenida Afrânio Peixoto.

O Detran, porém, acredita que os efeitos da lei, além de diminuir o número de mortes, também vai reduzir em 50% os roubos de carros e veículos.

Outra vantagem prevista com a regulamentação dos desmanches está ligada ao meio ambiente, pois haverá uma preocupação maior com o descarte dos óleos e fluidos dos veículos.

Além disso, o presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindseg) , João Giuseppe, disse acreditar que o retorno será sentido no bolso dos motoristas. “Vai refletir no preço do seguro. Pode ter certeza que ficará mais acessível”, disse Giuseppe.

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