21 de nov. de 2015

Confirmado: Suspeito morto na Aparecida trocou tiros com equipes da SSP-BA

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A Polícia Militar confirmou na manhã deste sábado (21) que William Santana da Silva, de 23 anos, mais conhecido como "Talento", suspeito de envolvimento na morte da policial militar Dulcineide Bernadete de Souza, 44 anos, morreu ao se envolver em uma troca de tiros com equipes da força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), formadas pelas polícias Civil e Militar para investigar mortes de policiais. O caso aconteceu na madrugada desta sexta-feira (20), no povoado de Aparecida, em Serrinha.

O Portal Cleriston Silva – PCS – publicou o caso como homicídio, porque a Delegacia local, até as 8h de sexta, ainda não havia sido informada que se tratava de uma ação policial desencadeada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Salvador com agentes encapuzados e em viaturas descaracterizadas e, inicialmente, tratou o fato como homicídio. A ocorrência (Auto de Resistência) foi registrada no DHPP, o que também causou o equívoco. A situação foi esclarecida pela assessoria da Polícia Militar.

William estava escondido em um imóvel no povoado de Aparecida e reagiu ao perceber a aproximação dos policiais, segundo a versão oficial. Houve troca de tiros. Depois que William foi baleado, os policiais o socorreram ao Hospital Municipal de Serrinha, mas ele não resistiu aos ferimentos. De acordo com o DHPP, os policiais encontraram com ele um revólver calibre 38.

Segundo a polícia, William era o motorista do grupo que foi assaltar um posto de saúde no bairro de Pituaçu, na capital baiana, no início da noite de segunda-feira (16), em uma ação que terminou com a morte da soldado. Agora, somente um dos cinco envolvidos no caso segue foragido - Wilihans da Rocha Pita, o “Coroa”. No assalto ao posto, Wilihans ficou do lado de fora da unidade médica, fazendo a segurança externa.

Quadrilha - William é o segundo integrante da quadrilha morto pela polícia. Na manhã de quarta-feira (18), Josias Cerqueira dos Santos, 19, conhecido como “Rato”, morreu em confronto com policiais no município de Mata de São João, Região Metropolitana de Salvador. De acordo com a investigação, ele é o responsável pelo disparo que matou a PM Dulcineide. Junto com Josias, a polícia apreendeu um revólver calibre 38, mas ainda não há informações se foi a mesma arma usada no crime. A arma foi encaminhada para a perícia.

Segundo a polícia, cinco homens tiveram envolvimento no assalto ao posto de saúde. Outros dois dos envolvidos na morte da soldado Dulcineide foram apresentados na quarta. Um dos apresentados foi Lucas Silva dos Santos, 22, conhecido como “Machuca”. Ele foi o responsável por escolher o local do assalto. Lucas foi preso na terça-feira (17), em Pau da Lima, na capital, por uma equipe da 47ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM).

A polícia apresentou também Rodrigo Lima Bonadia dos Santos, 24, conhecido como “Pão”. Ele foi preso, também na terça-feira (17), no bairro de Cosme de Farias, em Salvador, por equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos. Segundo a polícia, Rodrigo estava envolvido de forma indireta no crime. Ele é o responsável por adulterar a placa do veículo usado na ação, um Fiesta branco que foi roubado na última sexta-feira (13), no bairro de Stella Maris, também na capital.

Segundo a polícia, os suspeitos informaram, em depoimento, que a quadrilha tinha ido ao posto para roubar as armas dos policiais e os pertences dos servidores e clientes da unidade de saúde. Na ação, o grupo conseguiu levar duas armas, a da PM Dulcineide e do colega dela, de prenome Edmilson, a carteira do soldado e dois celulares de pessoas que estavam no posto. Após o disparo contra Dulcineide, eles encerraram a ação e dispararam duas vezes contra o PM, que foi algemado pelo grupo, mas não ficou ferido.

De acordo com a polícia, o grupo agia como uma quadrilha especializada em crimes contra o patrimônio, tendo efetuado roubos a estabelecimentos comerciais, postos médicos e clínicas de saúde em Salvador.

O crime - A policial militar Dulcineide Bernadete de Souza morreu no início da noite de segunda-feira (16), após ser baleada na testa pela manhã durante um assalto à Unidade Básica de Saúde de Pituaçu, em Salvador. Ela foi socorrida ao Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

No momento do crime, o posto estava cheio de pacientes à espera de atendimento. Por causa do crime, o funcionamento do posto foi suspenso. Dois criminosos, Lucas e Josias, entraram na unidade de saúde e renderam o soldado da PM Edmilson, que trabalha no local. Ele foi algemado e colocado em uma sala de vacinação antirrábica, que fica na entrada da unidade. A PM Dulcineide estava no banheiro localizado na recepção do prédio e, ao sair, foi baleada por um dos suspeitos. O tiro atingiu a policial na testa.

Segundo o delegado Odair Carneiro, titular da Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM), a PM tentou reagir. "Quando ela notou que estava ocorrendo uma ação violenta, esboçou uma reação, tentou puxar sua arma, mas foi atingida com um disparo de arma de fogo", conta. Antes de fugir, o trio voltou à sala onde estava Edmilson e efetuou dois disparos, mas nenhum atingiu o policial. Os bandidos fugiram no mesmo carro que chegaram ao local levando as armas dos policiais.

Força-tarefa - Segundo a Polícia Civil, Dulcineide foi a 11ª policial a ser assassinada este ano em Salvador e Região Metropolitana. No estado, foram 17 policiais militares, civis, rodoviários e das Forças Armadas, sendo três em serviço.

Desde junho de 2014, as mortes de policiais na capital são investigadas por uma força-tarefa conjunta das polícias Civil e Militar, liderada pela Delegacia de Homicídios Múltiplos (DHM). "Desses 11, só temos um caso de policial que foi morto e não conseguimos chegar à solução. No total, foram 17 presos e 5 mortos, resistentes a confrontos com a polícia", enumerou Carneiro, titular da DHM.

Dois dos envolvidos foram apresentados

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