18 de fev. de 2017

Homem é preso suspeito de matar vendedora a pauladas em Cachoeira

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um homem foi preso suspeito de ter matado a pauladas a vendedora Antônia Oliveira da França, 38 anos. O crime aconteceu na zona rural do município de Cachoeira, no Recôncavo baiano, no dia 3 de fevereiro. Clerisvaldo da Hora Ferreira, o Tina, 23, foi preso em casa. Ele nega participação no crime, mas caiu em contradições durante o depoimento.

Segundo o titular da Delegacia de Cachoeira, Eduardo Coutinho, a polícia chegou até Clerisvaldo através dos depoimentos das testemunhas e solicitou a prisão temporária do suspeito. Ele mora no povoado de Ladeira de Padre Inácio, mesma zona rural onde a vítima vivia e onde foi assassinada. O suspeito foi preso em casa.

"Pedimos a prisão temporária dele e a Justiça acatou. O mandado foi expedido nesta sexta-feira e foi cumprido pela manhã. Ele foi ouvido, caiu em contradição e algumas informações que ele deu também foram conflitantes com os relatos das testemunhas", afirmou o delegado.

Clerisvaldo disse para a polícia que no dia do crime um familiar o havia levado em uma motocicleta até as imediações da casa da vítima - distante do local do crime - e que no momento do assassinato ainda estava por lá. O familiar ouvido, no entanto, afirmou que o deixou em uma porteira, no meio do caminho e próximo ao local do crime.

Antônia foi morta em uma noite de sexta-feira quando voltava para casa. Ela foi abordada em uma estrada de barro e arrastada até um matagal onde foi atingida diversas vezes por golpes de pau, a maioria na cabeça. A vendedora ficou desaparecida até a manhã do dia seguinte, quando o corpo foi encontrado por alguns moradores.

Tina foi preso no dia do crime, mas foi liberado algumas horas depois. Ele nega participação no assassinato. Essa foi a segunda vez que ele foi preso. Em dezembro de 2012, Clerisvaldo foi detido por agredir um familiar. O corpo de Antônia foi sepultado no mesmo dia em que foi encontrado e moradores realizaram um protesto por conta do crime, na época.

Investigação - O assassinato de Binha - como Antônia era conhecida entre os amigos - provocou comoção entre os moradores de Cachoeira. Ela morava no povoado desde criança e trabalhava vendendo roupas de porta em porta. Ela morava com o irmão, não tinha filhos e não era casada, mesmo assim, a polícia acredita que a motivação do crime seja passional.

"Ele (Tina) disse que mantinha um relacionamento amoroso com a vítima, em segredo. Testemunhas contaram que alguns dias antes do crime ela (Antônia) disse que estava sendo perseguida por alguém e que estava com medo", contou o delegado.

Os moradores começaram a desconfiar de Tina quando perceberam que ele estava com diversos arranhões no corpo. A prisão aconteceu duas semanas após o crime e a polícia não confirmou os arranhões. O delegado contou que a arma do crime - um pedaço de madeira com sangue e cabelo da vítima - foi recolhida no local do crime e está passando por perícia.

"Acredito que os arranhões foi porque ela tentou se defender. Além disso, um vizinho viu ele próximo ao local do crime na noite em que a menina desapareceu. Ele disse que estava caçando, mas estava sem arma e sem caça. Binha era uma pessoa muito querida. Ela trabalhava desde menina e sempre foi muito tranquila. Ela era vendedora autônoma e, por isso, era conhecida por muita gente", afirmou um morador em anonimato.

No total, oito testemunhas foram ouvidas pelo delegado e a prisão temporária tem validade de 30 dias. Durante desse prazo a polícia precisará apresentar mais provas para solicitar a prisão preventiva do suspeito. Até lá, Tina segue custodiado na carceragem de Cachoeira.

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