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O operário que morreu no local era natural de Araci |
A WTorre, responsável pela construção, informou que não recebeu reclamações de funcionários, mas admitiu que é necessário aumentar a segurança em alguns setores. A família da Carlos, que morava em São Paulo há 15 anos, aguarda a liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) e já solicitou à WTorre que o encaminhe para Araci, no nordeste baiano, a 36 quilômetros de Serrinha, onde deve ser enterrado.
O operário Cosme Vieira Dias, de 39 anos, estava na área que desabou e contou ter escapado por uma fração de segundo. “Ninguém esperava. A laje cedeu. Nasci de novo”, relata Cosme.
A testemunha era parente dos outros dois trabalhadores envolvidos no acidente: Carlos de Jesus, que morreu ainda no local, era primo de Cosme. Já o trabalhador que ficou levemente ferido, Crispiniano dos Santos, de 22 anos, era cunhado.
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Cosme é primo do operário que morreu
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Para Cosme, o acidente foi uma “fatalidade” e não uma falha. “A gente vinha fazendo todos (camarotes) iguais. Só ali que aconteceu”, disse. Cosme afirmou ainda que os funcionários usavam equipamento de segurança.
O delegado Marco Aurélio Batista do 23º Distrito Policial afirma que os camarotes era aparentemente “sustentados por estruturas que ficam nas pontas, e ao que parece sofreram uma rotação e permitiram que a placa do piso do camarote deslizasse e desabasse”.
A partir desta terça-feira, serão ouvidos novos representantes da TLMix, terceirizada encarregada daquele trecho da obra, e da WTorre, a construtora responsável pelo empreendimento.
Uma das linhas de investigação será a de se houve negligência por parte das empresas. Uma das ferramentas que irá ajudar a investigação é o laudo técnico, que deve ficar pronto em até 30 dias. De acordo com o delegado, eventuais indiciados pelo crime podem responder por homicídio culposo, que pode chegar a até três anos de detenção.

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