29 de ago. de 2012

O PT balança na campanha

Por Samuel Celestino

O PT experimenta, depois de sua ascensão com Lula em 2002, um período de dificuldades que pode ser extrema, ou não, a depender da campanha eleitoral em andamento. O partido não vai bem em, praticamente, boa parte do País. Está mal nas grandes cidades e capitais, dentre as quais se incluem as nordestinas, como Fortaleza, Recife e Salvador. Pelo menos até aqui. O deputado Antônio Imbassahy percebe um processo de fadiga envolvendo o PT, o aparelhamento dos governos com militantes e sindicalistas em detrimento de técnicos e gestões bem conduzidas. Alem do quê, o PT deixou-se tomar pela corrupção, “malfeitos” segundo Dilma, como está a comprovar o julgamento do mensalão pelo Supremo que, dos seis votos manifestados até aqui, quatro foram pela condenação dos réus. Estamos apenas no início, é certo, mas dentre os nomes na corda bamba, sujeito à prisão, está João Paulo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Entre muitos petistas no grupo de mensaleiro, ele não se destaca dentre os que carregam um peso maior pelos “malfeitos” praticados. Já Lula não atravessa um bom momento. Pode virar porque é carismático, mas não dá para compreender quem disse à imprensa americana, no último final de semana, que o mensalão “é uma invenção”, enquanto aqui o Supremo Tribunal Federal condena. O partido está longe do seu auge e cai com maior celeridade do que se esperava, embora possa ainda virar porque a campanha eleitoral gratuita está apenas no início. Enfim, Imbassahy parece estar certo no que diz: fadiga somada ao que não se admitia num partido que emergiu falando em mudanças éticas e gestões marcadas pela honestidade no trato do erário público e na condução de uma revolução administrativa. (Bahia Noticias)

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