23 de nov. de 2020

Oxford pedirá autorização para uso emergencial no Brasil

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Após a análise preliminar que comprovou até 90% de eficácia contra o coronavírus, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca – e que testa cerca de 1,5 mil voluntários na Bahia – submeterá os resultados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pedirá autorização para o uso emergencial do imunizante no Brasil. As informações são do jornal O Globo.

Após a análise preliminar que comprovou até 90% de eficácia contra o coronavírus, a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca – e que testa cerca de 1,5 mil voluntários na Bahia – submeterá os resultados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pedirá autorização para o uso emergencial do imunizante no Brasil. As informações são do jornal O Globo.

Caso seja aprovada pela Anvisa, a vacina deve chegar à população brasileira já em janeiro de 2021. Segundo a coordenadora nacional dos ensaios clínicos da vacina de Oxford, Sue Ann Costa Clemens, além da autorização do órgão federal é preciso que as 30 milhões de doses esperadas para janeiro cheguem ao país.

A partir do ano que vem, com a transferência de tecnologia acordada entre Oxford/AstraZeneca e o governo brasileiro, a Fiocruz deve começar a produzir o imunizante.

Ainda segundo O Globo, também pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), parceira do estudo de Oxford, Costa Clemens diz que a dosagem a ser aplicada na população será a mesma que demonstrou a mais alta eficácia constatada nos estudos: meia dose na primeira aplicação, e uma dose inteira na segunda.

Isso, ressalta a cientista carioca, fará com que 30% a mais de doses sejam distribuídas à população, tornando a vacinação em massa mais barata. Segundo ela, o preço do imunizante de Oxford também é o mais baixo de todas as vacinas eficazes conhecidas até agora — US$ 3 dólares cada dose.

Além disso, a vacina ChAdOx1 nCoV-19 é uma versão enfraquecida de um vírus do resfriado comum (adenovírus), técnica já utilizada em outros imunizantes e que não requer refrigeração em freezers. Ela pode ser armazenada a temperaturas que vão de 2 a 8 graus Celsius, o que torna a logística de distribuição e armazenamento mais acessível.

“Em qualquer sistema de saúde no mundo você tem essas geladeiras. É uma notícia muito boa, porque se trata de uma vacina de fácil acesso”, afirmou Costa Clemens ao O Globo.

“A outra coisa superimportante é que temos uma indicação precoce, já que os dados são preliminares, de que a vacina poderia reduzir a transmissão do vírus, não só protegendo contra a doença, mas impedindo a infecção. Aí você está ajudando realmente a parar a pandemia”, complementou.

A cientista, responsável pela vacinação de 10,3 mil voluntários brasileiros, afirma ainda que não houve casos graves nem de hospitalizações dentre as pessoas que tomaram o imunizante de Oxford.

No mundo inteiro, já há mais de 30 mil voluntários envolvidos nos ensaios clínicos da ChAdOx1 nCoV-19. Além de Brasil e Reino Unido, participam das pesquisas Estados Unidos, África do Sul, Quênia, Japão, Índia e Rússia.

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