21 de jan. de 2020

MP denuncia travesti natural de Lamarão por participar de chacina de motoristas de Uber

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O Ministério Público estadual (MP-BA) denunciou nesta terça-feira, 21, Benjamim Franco da Silva Santos, vulgo Amanda ou Franklin, pela participação na chacina de quatro motoristas dos aplicativos “Uber” e “99”, no dia 13 de dezembro. A ação criminosa aconteceu na localidade Paz e Vida, na região dos bairros de Jardim Santo Inácio e Mata Escura, em Salvador.

Segundo a denúncia do MP, Benjamim, que é integrante da facção criminosa Bonde do Maluco (BDM), em companhia de um menor de 17 anos, atraiu cinco motoristas de aplicativos para o local da execução criminosa.

Junto com Jeferson Palmeira Soares, vulgo Jel, liderança da facção BDM; Antônio Carlos de Carvalho, vulgo Nonon; e Marcos Moura de Jesus, eles assassinaram quatro motoristas. À exceção de Benjamim, todos os integrantes da quadrilha estão mortos.

Vingança - No dia do crime, uma das vítimas conseguiu fugir do local da execução por meio de um matagal. Segundo o promotor de Justiça Davi Gallo, o crime foi motivado por vingança. “No dia anterior, Jeferson teria efetuado chamada para diversos motoristas com o objetivo de socorrer um parente, mas as corridas não foram aceitas em razão de tratar-se de local violento e inseguro, e a pessoa que seria socorrida veio a óbito”. A versão de represália havia sido descartada pela polícia no momento da apresentação do criminoso.

Emprego de violência - Benjamim foi denunciado pelo homicídio dos quatro motoristas qualificado por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas, além de roubo qualificado, associação criminosa e os dispositivos da Lei de Crimes Hediondos (Lei nº 8.072/90).

Davi Gallo registrou que “o bando agia em caráter estável e permanente, fortemente armados, com arma de grosso calibre, com divisão de tarefas preestabelecidas, visando a prática dos mais variados crimes, com emprego de grande violência contra pessoas, patrimônio e tráfico de entorpecentes”.

O MP pediu também a decretação de prisão preventiva de Benjamim, que atualmente encontra-se custodiado na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Salvador.

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