De acordo com o coordenador da 16ª Coorpin, delegado Élvio Brandão, o assassino vinha usando o sofá como esconderijo desde o ano passado, quando matou o motorista. “Sempre que alguém de fora visitava casa de sua mãe, ele corria para dentro do sofá, que passou por modificação, feita pelo próprio criminoso, para poder abrigá-lo nas emergências”, ilustrou o delegado.
Os policiais observaram que “Neném” retirou a espuma de um dos assentos do sofá, criando um espaço no qual ele podia entrar e ficar na posição fetal. Como o móvel permanecia coberto o tempo todo com uma colcha, o esconderijo vinha funcionando até os policiais visitarem o local e estranharem o comportamento de parentes do criminoso durante a averiguação que era feita nos aposentos e áreas externas da casa.
Élvio Brandão relata que, depois de terem revistado o interior do imóvel e o quintal sem sucesso, os investigadores começaram a desconfiar da atitude da irmã do foragido, que permaneceu sentada no estofado durante todo o tempo que a polícia esteve no local. “Uma pessoa que tem a casa revistada pela polícia, não fica tranquila ao ponto de se sentar como se nada estivesse acontecendo”, salientou o delegado.
Depois de pedir que a mulher se levantasse, os policiais olharam debaixo da colcha que cobria o sofá e se depararam com “Neném”, que se espremia como se fosse um bebê.
Homicídio - O crime aconteceu depois de uma briga entre os dois, na Praça Liberaldina, no centro de Vila Cardoso. O comerciante Gervásio José dos Santos, cunhado de Emídio, tentou evitar o confronto, mas acabou ferido, sem gravidade. Mesmo sem saber o motivo do desentendimento, Gervásio disse na delegacia que o cunhado sofria ameaças e que já havia sido perseguido pelo assassino com uma faca.
Autuado por homicídio e por tentativa de homicídio, “Neném” ficará custodiado na carceragem do Complexo Policial de Jacobina, à disposição da Justiça.
Foto: Bahia Acontece
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