4 de out. de 2011

Bancários e funcionários dos Correios mantêm greves na Bahia

A greve dos bancários completa oito dias nesta terça-feira (4). De acordo com Adelmo Andrade, diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários na Bahia, não há previsão de término da paralisação porque ainda não houve acordo com a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). “O comando de greve nacional vai se reunir para tentar um contato com a Febraban. Se a gente conseguir, pode começar uma negociação. Por enquanto, a greve continua”, informou Andrade.

Segundo ele, a categoria pede 12,8% de reajuste nos salários, participação nos lucros e piso salarial conforme orientação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ainda de acordo com Adelmo Andrade, hoje o piso salarial dos bancários é pouco mais que dois salários mínimos, cerca de R$ 1.060. Em Serrinha a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil aderiram à greve.

Correios - Os funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (Correios) no estado também não têm previsão de terminar a greve, informou a presidente do sindicato da categoria, Simone Lopes, na manhã desta segunda-feira.

Segundo a sindicalista, os trabalhadores aguardam o resultado de uma reunião com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta terça-feira (4), em Brasília.

Segundo o sindicato, 90% dos funcionários dos Correios aderiram à paralisação, que começou no dia 14 de setembro. De acordo com Simone Lopes, os serviços de entrega dos Correios estão bastante comprometidos porque grande parte dos funcionários de operações (motoristas, entregadores, carteiros, entre outros) estão parados.

Já a assessoria dos Correios diz que apenas 30% dos empregados aderiram à paralisação na Bahia e que a distribuição continua a ser realizada. "Não há carga parada, 65% das correspondências estão sendo entregues em dia e 35% seguem com atraso. Estão suspensos apenas três serviços: Sedex 10, Sedex Hoje e Disque Coleta, por se tratarem de serviços com hora marcada", informou em nota.

Ainda segundo os Correios, ações como mutirões no final de semana, realocação de pessoal administrativo para a área operacional e realização de horas extras estão sendo adotadas para evitar atrasos nas entregas.

A categoria pede piso salarial de três salários mínimos, incorporação de R$ 400, redução da jornada de trabalho dos atendentes de oito para seis horas, contratação e melhores condições de trabalho. Os Correios divulgaram em nota que fizeram uma proposta de reajuste de 6,87% no salário, abono de R$ 500 e aumento linear de R$ 80 a partir de janeiro de 2012.

Mesmo com as greves, o Procon alerta que as contas devem ser pagas na data do vencimento. Para isso, o cliente tem que procurar alternativas como caixas eletrônicos, internet, casas lotéricas, supermercados e correspondentes bancários.

Foto: Araketu

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