24 de jun. de 2018

Risco de surto de dengue, zika e chikungunya ameaça Itiúba e Senhor do Bonfim

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Municípios baianos como Itiúba e Senhor do Bonfim estão no topo de uma lista divulgada pelo Ministério da Saúde como as localidades com o maior índice de infestação predial de larvas do Aedes aegypti, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices de Infestação (Liraa), o que os deixa em situação de risco para doenças transmitidas pelo mosquito.

A cidade de Itiúba, a 208 km de Serrinha, é a primeira no Brasil e consta na lista com 28,6% das casas com larvas do mosquito. Mas, segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Rosane Dias, houve erro na execução dos cálculos.

“Estamos refazendo e vamos encaminhar ofício ao Ministério da Saúde, comunicando que esses números não são reais” disse. Ela salientou que no último levantamento, o índice ficou em 3,6% e que medidas para redução estão sendo adotadas.

Sobre as principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, ela afirmou que, embora tenha havido seis casos suspeitos de dengue, dois de zika e dois de chikungunya, nenhum foi confirmado este ano. “Ainda não ouvi falar de alguém com dengue, zika ou chikungunya em Itiúba”, disse a estudante Fernanda Vargas, 20, acrescentando que em anos anteriores soube de casos suspeitos.

Com 22,2% de infestação predial, Senhor do Bonfim, a 240 km de Serrinha, está na 5ª colocação entre os municípios brasileiros com os maiores índices. De acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Marlon Reis, os números estão altos porque em alguns bairros existem muitos depósitos de água, devido à distribuição irregular.

“Desenvolvemos todas as ações necessárias, desde a conscientização e o combate aos focos de larvas nas casas até a pulverização de inseticidas com as bombas costais”, afirmou, enfatizando que 98% dos focos estão dentro das residências.

Ele reconheceu que os números apontam alto risco para a ocorrência de surtos e disse que outras ações também já foram adotadas, como mutirões de limpeza e faxinaço. Acerca das doenças transmitidas pelo mosquito, Reis lembrou que, em 2015 e 2016, a cidade teve um surto de dengue com 182 e 256 casos confirmados respectivamente. Este ano, apenas um caso foi confirmado. No mesmo período, os casos confirmados de zika foram 5 e 10 respectivamente. Em 2018, nenhum caso foi confirmado, segundo o coordenador da vigilância epidemiológica de Senhor do Bonfim.

O 12º município brasileiro com maior índice de infestação é Caldeirão Grande, com larvas encontradas em 19,3% das casas visitadas. Os demais municípios baianos que estão na lista são Jaguaquara, com 18,3%; Wagner e Cafarnaum, com 18,1%; e o município de Valente, com 18%.

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