12 de set. de 2017

Excesso de chuva em Adustina afeta safra de feijão e prefeitura prevê prejuízo de 20%

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O grande volume de chuva registrado nos últimos dias no município de Adustina, localizado no nordeste da Bahia, a 211 km de Serrinha, tem preocupado produtores de feijão da região diante da possibilidade de perda da safra. Enquanto em anos anteriores a vilã foi a seca, dessa vez o tempo chuvoso é que está prejudicando a qualidade dos grãos. A prefeitura municipal prevê um prejuízo de até 20% na colheita desse ano.

Conforme o secretário municipal de Agricultura, Alex Sílvio, somente nos últimos oito dias foi registrado volume de chuva de 130 mm no município, o que era esperado para o mês inteiro. Com isso, o feijão que era pra sair do campo quase seco e maduro está sendo colhido com umidade acima do ideal ou mesmo apodrecendo nas vagens ainda no pé. Além disso, os grãos que já foram armazenados também correm risco de apodrecer, porque, sem sol, o feijão não seca. O período da colheita ocorre sempre de agosto a setembro, três a quatro meses após o plantio.

A situação atual é bem diferente da registrada em 2013, quando Adustina teve a melhor safra em 30 anos. A cidade e mais 13 municípios vizinhos formam a maior região produtora de feijão de inverno do estado da Bahia. A produção é vendida nas feiras livres do mercado interno e escoa também para outros estados, como Ceará e Pernambuco. Nos últimos três anos, no entanto, a seca prolongada que atingiu a região atrapalhou os planos dos produtores, agora surpreendidos também com o volume alto de chuva.

Conforme o secretario de Agricultura, em 2017, houve um aumento de 8 mil hectares para 12 mil hectares na área de plantação de feijão no município. Isso porque a seca dos últimos três anos também afetou a cultura do milho. Inicialmente, a expectativa dos cerca de 3,2 mil agricultores familiares que existem hoje no município era colher esse ano 30 mil sacas, o que corresponde a 18 mil toneladas. Cada saca chega a ser comercializada por R$ 120, mas o preço tende a cair com a perda da qualidade do grão em decorrência da chuva. (G1/Bahia)

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