1 de out. de 2021

Cerveja fica mais cara no Brasil a partir desta sexta-feira

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A cerveja vai ficar mais cara no Brasil a partir desta sexta-feira, 1º, acompanhando a alta dos preços de produtos como combustíveis, alimentos e gás de cozinha. O preço da cerveja fechou agosto em alta pelo oitavo mês consecutivo, segundo o IBGE, em seus cálculos para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Com isso, o preço do item já apresenta um aumento 3,49% no ano e 7,62% nos últimos 12 meses.

A cerveja é uma das bebidas mais consumidas pelos brasileiros. A Euromonitor aponta que o consumo em 2021 alcançou seu maior patamar desde 2014, com 13,67 bilhões de litros da bebida vendidos no país. Os consumidores já vinham lidando com o gosto amargo dessa notícia há alguns dias, já que a Ambev, dona das marcas Brahma, Skol e Stella Artois, enviou um comunicado aos comerciantes avisando que iria reajustar os preços da bebida na quarta-feira.

Em nota, a empresa afirmou que faz, periodicamente, ajustes nos preços de seus produtos, e que os reajustes vão variar conforme a região do país. Na sequência, o grupo Heineken disse que os preços de seus produtos seguem os mesmos por ora, já que a empresa já fez uma revisão de valores neste ano e não prevê mais mudanças até o fim do ano.

Repasse - Em comunicado à imprensa, a Abrasel afirma que 37% do setor de bares e restaurantes opera atualmente com prejuízo em todo o país; em São Paulo, esse número chega a 50%. “O ajuste de custos deverá ser repassado imediatamente ao consumidor”, diz a entidade. A expectativa da Abrasel é de que o aumento acompanhe a inflação acumulada nos últimos 12 meses e fique em até 10% na capital paulista.

Uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Restaurantes (ANR), divulgada nesta terça-feira, 28, mostrou que, mesmo com a retomada gradual da economia, 62% dos estabelecimentos no país ainda não recuperaram o faturamento que tinham em 2019.

A situação é ainda pior para 55% deles, que declararam estar endividados. Desse total, 78% devem para bancos, 57% estão com impostos em atraso, 24% têm dívidas com fornecedores e 14% afirmam ter pendências trabalhistas.

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