1 de dez. de 2015

Bairro de Alagoinhas tem infestação do aedes aegypti acima de 10%

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O índice de infestação do mosquito Aedes aegypti em um bairro de Alagoinhas, cidade a 109 quilômetros de Serrinha, está acima do permitido e causa alerta na região. O Ministério da Saúde diz que o ideal é que o índice de infestação do município seja em torno de 1%. Em Alagoinhas, de um modo geral, o índice é de 1,9%. Porém, no bairro Barreiro de Cima, esse índice supera os 10% e a situação é alarmante.

A cada 45 dias, agentes de endemias fazem vistoria no município e sinalizam as residências visitadas com uma bandeira. O bairro Barreiro de Cima tem recebido uma atenção especial por causa da grande quantidade de possíveis focos do mosquito. Durante uma das visitas, os agentes identificaram várias larvas e ovos do Aedes aegypti em uma das casas visitadas.

De acordo com Jane Meyre, supervisora de endemias no bairro, há alguns meses a situação era pior, mas com a colaboração dos moradores, os índices começaram a mudar. "As pessoas acumulam água de forma inadequada. Depósitos expostos, tanques, caixas d'água sem tampa. Então, foram encontrados muitos desses depósitos com as larvas do mosquito e por isso nós precisamos da colaboração, atenção geral de toda comunidade", alerta Jane Meyre.

Casos na Bahia - O Ministério da Saúde anunciou nesta segunda-feira (30) que existem 37 casos de suspeita de microcefalia na Bahia. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), 13 casos já foram confirmados.

Segundo boletim do ministério, com dados colhidos até 28 de novembro, no país já foram notificados 1.248 casos suspeitos de microcefalia em 311 municípios de 13 estados e no Distrito Federal. O número total representa um aumento de 509 casos, já que no último boletim do ministério, no dia 24 de novembro, foram registrados 739 casos.

No sábado (28), o Ministério da Saúde confirmou a relação entre o zika vírus e os casos de microcefalia na região Nordeste, a partir da confirmação do Instituto Evandro Chagas, do micro-organismo em amostras de sangue e tecidos de um bebê nascido no Ceará, mas que acabou morrendo. A criança apresentava microcefalia e outras malformações congênitas.

A situação reforça o apelo do ministério para a mobilização nacional no combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, zika e chikungunya.

A microcefalia é um quadro em que bebês nascem com o cérebro menor do que o esperado (perímetro menor ou igual a 33 cm para bebês a termo) e que compromete o desenvolvimento da criança em 90% dos casos.

O principal suspeito dos casos de microcefalia no Brasil, o Zika vírus, é de origem africana e primo do vírus da dengue. Ele circula no país desde maio do ano passado e uma das hipóteses é que chegou aqui junto com turistas que vieram para a Copa do Mundo.

Os casos de microcefalia coincidem com áreas em que o vírus circulou no ano passado.

Microcefalia por Zika vírus - Os cientistas têm feito um trabalho de detetive. Primeiro descartaram causas genéticas, porque a mudança no padrão epidemiológico se deu de uma hora para outra. Depois, foram atrás do que mudou na região e então voltaram a atenção para os casos de Zika vírus, novidade de 2014. A hipótese é que o vírus, primo da dengue e transmitido também pelo Aedes aegypti, atravessaria a barreira placentária e entraria no corpo da criança prejudicando a formação do cérebro.

As tomografias feitas pelos cientistas indicaram sinais de infecção viral no cérebro em alguns casos e também foram achados sinais do Zika vírus em exames do líquido amniótico, em bebês que ainda estavam na barriga, e no líquido cefalorraquidiano, naqueles que já nasceram. (G1BA)

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