15 de dez. de 2015

Microcefalia: casos de surdez e cegueira são registrados

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Já há registros de cegueira congênita, malformação do globo ocular e surdez congênita em bebês que nasceram com microcefalia em decorrência do zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti. A informação foi divulgada ontem, quando o Ministério da Saúde (MS) anunciou o protocolo para orientar profissionais de saúde na assistência de mães e tratamento de recém-nascidos em casos suspeitos da doença que causa a malformação do cérebro do bebê.

Apenas na Bahia, são 180 notificações — o estado é o terceiro em número de casos no país, depois de Pernambuco (804) e Paraíba (316).

Segundo as orientação do MS, crianças com microcefalia deverão ser encaminhadas para atendimento e estimulação precoce durante os primeiros três anos de vida. “O objetivo é reduzir os danos das malformações. Essas crianças tenderão a ter um desenvolvimento ainda mais retardado que as outras crianças. Qualquer criança com surdez congênita terá dificuldades adicionais”, explicou o secretário de Atenção à Saúde do MS, Alberto Beltrame.

De acordo com a pasta, o atendimento nessa faixa etária deverá envolver médicos, fonoaudiólogo e fisioterapeuta, e ocorrerá em centros de reabilitação, como as Apaes, ambulatórios nas maternidades e unidades básicas de saúde. Não estão previstas verbas extras para esses serviços.

Alguns dos bebês com suspeita de microcefalia têm apresentado lesões oculares ou cegueira. Outros têm tido problemas auditivos. Diante disso, o ministério anunciou que 737 maternidades serão equipadas para oferecer exame que verifica danos à audição dos bebês.

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