27 de dez. de 2019

Travesti natural de Lamarão é presa por envolvimento nas mortes de 4 motoristas de App em Salvador

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Travesti é conhecida como Amanda
A polícia baiana apresentou na manhã desta sexta-feira, 27, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Benjamin Franco da Silva, de 25 anos, um dos envolvidos nas mortes de quatro motoristas de transporte por aplicativo no Jardim Santo Inácio, em Salvador, no último dia 13. Segundo a Polícia Civil, o criminoso, de vulgo "Amanda", natural da cidade de Lamarão, na microregião de Serrinha, é uma das travestis que atraiu o grupo de trabalhadores para a localidade Paz e Vida, palco da chacina.

"Assim que tomamos conhecimento desta ação criminosa, contra cinco trabalhadores por aplicativo, as investigações foram ininterruptas do DHPP e outras unidades. Conseguimos identificar os autores e representamos por mandado de prisão e estamos apresentando para a sociedade e para as famílias destas vítimas a motivação e os autores", disse o delegado Odair Carneiro, diretor do DHPP.

Segundo ele, Benjamin narrou os passos do crime. Outros quatro envolvidos foram mortos. Antônio Carlos Santos de Carvalho, de 19 anos, e Marcos Moura de Jesus, de 30, tombaram em confronto com a polícia na cidade de Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador. Conforme a Polícia Civil, um adolescente de 17 anos, e Jéferson Palmeira Soares Santos, o "Jel", apontado como mandante do crime, foram encontrados mortos dias após a chacina.

"A motivação deles inicial era roubar os veículos das vítimas, celulares e demais pertences, mas, no curso, houve a reação de um dos motoristas de aplicativo e eles resolveram eliminar todas as vítimas", contou Odair. A versão da polícia elimina a hipótese inicial de retaliação de traficantes, diante de uma suposta rejeição de chamada do serviço para a localidade.

Benjamin ou 'Amanda' disse que a intenção era roubar os carros das vítimas





Ainda segundo o delegado, a primeira vítima foi atraída por meio de um aparelho celular roubado na Estação Pirajá, no dia anterior ao crime. "A partir daí, eles usavam os celulares das vítimas, obrigavam as vítimas a desbloquear os celulares, chamassem os colegas dos aplicativos e estas pessoas eram capturadas e levadas para o cativeiro", detalhou, ressaltando que Benjamin não atirou contra as vítimas, mas espancou uma delas e presenciou as execuções.

Roubar e pagar dívidas - Após o crime, Benjamin, que já foi preso outras quatro vezes, permaneceu escondido nas casa de parentes, no bairro de Periperi, no Subúrbio Ferroviário. À imprensa, Benjamin contou que "a intenção era roubar os carros para pagar dívidas".

Naquela sexta-feira, 13, os motoristas Sávio da Silva Dias, 23 de anos, Alisson Silva Damasceno, 27, Daniel Santos da Silva, 31, e Genivaldo da Silva Félix, 48, foram assassinados com requintes de crueldade. Um outro motorista conseguiu fugir. Ele foi medicado e liberado após o crime, porém foi hospitalizado novamente pouco tempo depois. Não há detalhes do estado de saúde dele.

No mesmo bairro do crime, três carros que seriam dos motoristas foram localizados. Outro veículo foi achado no pedágio da cidade de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador. Não há informações sobre o quinto carro.

Sávio da Silva Dias, Alisson Silva Damasceno, Daniel Santos da Silva e Genivaldo da Silva Félix foram mortos em Salvador

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