4 de set. de 2012

Campanha combate mosca branca nos cajueiros de Ribeira do Pombal

Redação Portal Clériston Silva PCS 

A Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA), por meio da Gerência Regional de Ribeira do Pombal, realiza, até o dia 06 de setembro, no Centro de Formação de Agricultores Familiares do Território Semiárido Nordeste II (Centrenor), a campanha de controle da epidemia de mosca branca na cultura do cajueiro.

O inseto é uma das pragas mais conhecidas do mundo, e está presente em praticamente todas as regiões agrícolas, como a região de Ribeira do Pombal, maior produtora de caju, do estado. Causadora de fortes danos na planta, a mosca branca se alimenta da seiva das folhas e dessa forma libera excrementos que servem de alimentos para os fungos ‘fumagina’.

A ação deste fungo reduz a fotossíntese das plantas, provocando o murchamento e ressecamento das folhas, resultando na queda da produção, afetando a rentabilidade do agricultor. A praga infesta mais de 500 espécies de culturas no Brasil.

Outras culturas - Além do cajueiro, a mosca branca ataca outras culturas, como o tomateiro, feijoeiro, coqueiro e também em outras plantas, inclusive as ornamentais. É encontrada em ervas daninhas, jardins e terrenos baldios. Trata-se de um inseto pequeno que, na fase adulta, mede aproximadamente dois milímetros.

Segundo o engenheiro agrônomo da EBDA, José Augusto Garcia, no cajueiro, normalmente o ataque se inicia do centro da parte inferior da folha, expandindo-se até recobri-la totalmente. “O controle dessa praga é essencial para a região, pois o caju é fonte de renda para os agricultores familiares na época da entressafra”, explicou.

Na região de Ribeira do Pombal, cujo ponto forte é a produção de caju, a maior ocorrência da praga começa no mês de maio e reduz drasticamente em setembro, quando as plantas modificam a sua fisiologia para iniciar a floração. A mosca branca é uma espécie de difícil controle, porque se multiplica com muita rapidez e adquire resistência aos inseticidas, com grande facilidade. A planta atacada tem seu crescimento atrofiado podendo rapidamente morrer.

Controle no início - Os técnicos da EBDA orientam os produtores para que tenham um cuidado maior caso a praga ataque a plantação. “O controle tem que ser feito logo no início para não haver uma proliferação, e destruir a plantação”, diz o engenheiro agrônomo da empresa, Carlos Augusto Castro. Segundo ele, é necessário fazer a colheita dos ovos, com a retirada das folhas infestadas, usar armadilhas apropriadas e produzir mudas em locais protegidos com tela.

Também é preciso eliminar restos de cultura que ficam na plantação, fazer a adubação correta, para nutrir as plantas, além da pulverização com a manipueira e produtos não convencionais como os óleos de algodão, nim e vegetal bruto, inseticidas naturais eficazes, relata o agrônomo.

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