16 de fev. de 2022

Cigana integrante de quadrilha que gerou prejuízo de R$ 60 milhões ao INSS é presa em Santaluz

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A Polícia Federal  cumpriu nessa quarta-feira (16) 24 mandados de prisão preventiva e outros 32 mandados de busca na cidade de Filadélfia, no norte da Bahia, e em Petrolina e Tabira, no estado de Pernambuco, para desarticular uma organização criminosa especializada na prática de diversas fraudes contra a Previdência Social, em especial a criação de pessoas fictícias para a obtenção indevida de Benefícios de Prestação Continuada (BPC). Durante as investigações foram constatados a obtenção de 420 benefícios por meio de fraudes, que geraram um prejuízo de cerca de R$ 60 milhões (valores já sacados) ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Uma cigana de 31 anos, identificada como Monica da Silva, foi presa na Avenida Castro Alves, em Santaluz, na região do Sisal, por envolvimento no esquema.

Estima-se que o prejuízo evitado, levando-se em conta os valores que continuariam sendo pagos aos beneficiários, seja de aproximadamente R$ 100 milhões. O BPC é um benefício no valor de um salário mínimo, pago pelo INSS a pessoas com mais de 65 anos e/ou portadoras de deficiência. Desde as primeiras horas da manhã, mais de 150 policiais federais, incluindo integrantes do Comando de Operações Táticas (COT) e do Comando de Aviação (CAV) da PF, com o auxílio do Núcleo de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (NUINT), cumprem os mandados da operação, denominada de  Errantes.

De acordo com a polícia, prejuízo aos cofres públicos por fraude no Benefícios de Prestação Continuada (BPC) é de cerca de R$ 60 milhões

Durante as investigações foram constatados que os meios usados pelo grupo criminoso para ludibriar o sistema previdenciário eram variados e, na maior parte dos casos, visavam garantir o pagamento de Benefícios de Prestação Continuada (BPC) a pessoas fictícias, no caso, idosos existentes apenas documentalmente.

As investigações apontaram ainda que a organização criminosa agia aliciando idosos no sentido de se disporem a figurar como pessoas que, em tese, poderiam ter direito aos benefícios; fornecendo documentos de identidade falsos para esses idosos (as fotos dos idosos eram  coladas  nesses documentos; instruindo os processos administrativos de concessão de benefícios com os documentos falsificados.

A quadrilha também atuava orientando os idosos a comparecerem nos bancos para efetuar os saques dos benefícios. Os investigadores verificaram que uma única idosa arregimentada pela organização criminosa fez uso de 31 documentos de identidade falsos e, com base neles, recebeu 31 Benefícios de Prestação Continuada.

Idosa integrante do grupo utilizou 31 documentos falsos para receber 31 benefícios

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